É burrice!


"Cera é burrice!"

Neste texto o comentarista defende que, no futebol atual, fazer: "cera é burrice". Segundo ele, antigamente valia a pena fazer cera porque: "o árbitro, pressionado, apitava o fim do jogo, sem descontos (sic)", hoje depois da mudança da regra que obriga o juiz a informar o tempo de acréscimo, esta estratégia não compensa mais. Ele inclusive provoca o leitor: "vocês têm notado como tanto vem acontecendo gols no tempo de prorrogação?".

Na verdade "asneira" é o que disse o comentarista.


Em determinadas situações, a "cera" é uma tática muito útil e eficiente, que já ajudou muito e contribui até hoje para que vários times consigam atingir o resultado desejado. Vamos a alguns pontos importantes sobre o assunto:


1. Esta história dos gols estarem acontecendo no final das partidas é meramente "efeito psicológico" e falácia. Não existe nenhum estudo que mostre que os gols estejam, de fato, acontecendo em maior número próximo do apito final, muito menos se estes gols no final dos jogos acontecem, mais ou menos, nas partidas em que uma das equipes fez cera durante a partida.


2. Ainda que o juiz tenha que, por exigência da regra, informar o tempo a ser acrescido no final, normalmente o árbitro não acrescenta o tempo necessário para compensar todo o tempo perdido devido à cera. Sem contar as substituições... jogadores sentem contusões e recebem atendimentos demorados, faltas, tiros de meta, escanteios e laterais são cobrados lentamente, uma demora sem fim para tudo e no final... 3 minutos de acréscimo!


3. Independente do árbitro recuperar ou não o tempo desperdiçado, até mesmo se no futebol o cronômetro fosse desligado quando o jogo estivesse paralisado (como no basquetebol) ou então se nem existisse tempo (como no voleibol ou no futebol de rua: 5 vira, 10 acaba), a cera, ainda assim, teria um objetivo muito importante: Dar um tempo! Sim... acalmar os ânimos, "esfriar" o jogo, segurar o ímpeto, quebrar o ritmo, enfim... pelo mesmo motivo que os técnicos de basquetebol e voleibol (que não precisam se preocupar com o tempo de jogo) muitas vezes fazem os "pedidos de tempo" durante as partidas e especialmente no final das mesmas. Lembrando que o recurso do "tempo" não existe nas regras do futebol.

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