Pergunta lá no estádio Rei Pelé

"Todo estádio brasileiro deveria chamar Rei Pelé"

Aparentemente o comentarista está empenhado em subir no ranking do blog do Comentarista ao Quadrado, só pode ser esta a explicação para o artigo que ele escreveu. No texto, ele diz concordar com a mudança do nome do estádio Maracanã de "Mário Filho" para "Rei Pelé", e mando a seguinte pérola: "todo estádio brasileiro deveria chamar Rei Pelé". Eu poderia dizer que é uma ideia estapafúrdia... mas vou mais direto ao ponto: que coisa ridícula!

Antes de comentar sobre todos os estádios chamarem "Rei Pelé", vamos à questão da mudança no nome do Maracanã...

O Maracanã não tem o nome que tem por obra do acaso... Mário Filho é considerado o maior jornalista esportivo brasileiro de todos os tempos, ele foi o responsável pela fundação do primeiro jornal do Brasil inteiramente dedicado ao esporte, foi ele quem criou os Jogos da Primavera, os Jogos Infantis, os desfiles competitivos de Carnaval e o Torneio Rio-São Paulo, que acabaria se tornando o atual Campeonato Brasileiro. Como se tudo isso já não fosse suficiente, o Maracanã recebeu o seu nome em reconhecimento por todo o seu apoio e luta pela construção do mesmo. Tudo isso aconteceu, muito antes que Pelé tivesse feito o seu primeiro gol como profissional.

Quando os políticos resolvem mudar o nome de algo, uma parte da história esta fadada ao esquecimento, ou seja, existe uma responsabilidade muito grande por trás deste ato. O Pelé merece esta homenagem? É claro que o melhor jogador de futebol do mundo de todos os tempos merece, não há dúvida, mas será que Mário Filho merece esta "desomenagem"? É também óbvio que não!

E quanto à fantástica ideia de chamarmos todos os estádios de "Rei Pelé"?

Melhor que esta ideia é o silêncio...


Anula a partida... SQN

"STJD: aceite a reclamação vascaína"
"Obviamente que sou contra a anulação da partida"

A comentarista escreveu um artigo confuso onde ela opina sobre o pedido de anulação da partida Vasco 0 x 2 Internacional, feito pelo Vasco ao STJD. Ela inicia o texto dizendo claramente: "STJD: aceite a reclamação vascaína", porém no final escreve: "obviamente que sou contra a anulação da partida". Como assim?!? O Vasco pede a anulação da partida, a comentarista é contra a anulação mas pede que o tribunal aceite o pedido para anular a mesma? Que confusão!

Ela tenta justificar este paradoxo (digno das viagens no tempo do filme "De volta para o futuro") argumentando que ela quer que o STJD abra a caixa preta do VAR e, para que isso aconteça, o tribunal precisa aceitar a reclamação vascaína. Na visão curiosa da comentarista, o tribunal deve aceitar a reclamação (anular a partida), fazer uma "devassa" no funcionamento do VAR e, no final, acabar não anulando a partida. Tipo... era só brincadeira gente!

E por que ela quer tanto uma investigação no VAR? Porque, ela não aceita os erros da ferramenta e questiona: "não era infalível?". Não!!! Ninguém jamais disse que a ferramenta era "infalível". Nada é "infalível" neste mundo (nem os planos infalíveis do Cebolinha contra a Mônica). O objetivo do VAR é melhorar a qualidade da arbitragem em geral, diminuindo sobremaneira os erros grosseiros (impedimentos claros, gols feitos com a mão, bola que ultrapassou ou não ultrapassou os limites, etc). Isto não quer dizer que a ferramenta é "infalível" e que nunca mais teremos erros.

Seria mais interessante solicitar à CBF (ou levantar por conta própria) informações objetivas do uso do VAR. Por exemplo, no Campeonato Brasileiro, quantas vezes o VAR alterou a marcação dos árbitros de campo? Nestes casos, quantas vezes ele acertou e quantas ele errou? Quantas vezes ele não alterou a marcação de campo mas deveria ter alterado? Aí sim poderíamos mensurar quanto o VAR está, ou não está, contribuindo para a justiça do resultado.