Linguiça...


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...
O jogo não acabou. 
Estamos juntos.
Escreveu.
Leco foi esperto.
...
"

O comentarista é, sem dúvida nenhuma, um dos maiores "sabe tudo" do jornalismo esportivo. Se julga o "especialista entre os especialistas". Nunca usa palavras como "em minha opinião", "acho que", "provavelmente", "talvez", "penso que"... não... nada disso... o comentarista sabe tudo, critica tudo, se considera o dono da verdade e sempre "aponta o dedo" para o que os outros fizeram errado "ensinando" como seria a maneira "correta". Simples assim. Mas na hora de escrever os seus textos... meu Deus... dá uma verdadeira aula de como NÃO escrever de maneira correta. É de matar imortal da academia... na verdade, seus textos provocam "vergonha alheia" até em estudantes do ensino fundamental...

Vejam, por exemplo, o texto escrito em 17/04/17 sobre o técnico Rogério Ceni do São Paulo. O comentarista usa 963 palavras distribuídas em incríveis 126 linhas!!! Esta absurda média de apenas 7,5 palavras por linha, transforma um simples texto em uma vergonhosa "linguiça" digna de figurar no livro dos recordes. Muito ruim mesmo. Vendo o texto, fica difícil imaginar como o comentarista ganhou 6 vezes um prêmio como o melhor repórter esportivo em jornais e revistas de São Paulo. Se textos como o mostrado a seguir vencem... imaginem a qualidade dos que perdem!!! É melhor nem imaginar...

Vexames?!?


"O rancor de Paulo Autuori... jornalistas não têm culpa dos vexames que seus times passaram"

Mais uma vez um técnico "desabafa" numa entrevista pós jogo da Libertadores e, mais uma vez, um comentarista fica incomodado com a atitude e critica o técnico. Autuori, técnico do Atlético Paranaense, disse: "Os iluminados no futebol sabem tudo... vou dedicar essa vitória aos oportunistas de plantão da mídia... aos plantadores de notícias falsas". A "carapuça" serviu perfeitamente no comentarista que escreveu em seu texto: "Paulo Autuori desperdiçou a festa pela incrível classificação do Atlético Paranaense. Preferiu atacar jornalistas. Como se fossem culpados pelos vexames que teve na carreira". Faz sentido?

Primeira pergunta: ele disse alguma coisa errada? De forma alguma! Os comentaristas realmente se acham os "donos da verdade", sabem tudo, criticam tudo, são arrogantes, dizem com antecedência quem vai ganhar e quem vai perder mas, inevitavelmente, erram quase todas as suas previsões, sempre colocam a culpa nos técnicos, criticam a escalação de fulano, a não escalação de ciclano, criticam até a contratação do jogador (como se isto dependesse exclusivamente dos desejos do treinador) e, para ficar ainda pior, compartilham todas as fofocas que recebem de suas "fontes" sem a mínima preocupação em checar a veracidade da informação. Com tudo isso, colaboram demais com a interrupção dos trabalhos dos técnicos e, depois de um tempo, criticam os times que trocaram de treinador sem que o mesmo tenha tido tempo de implantar a sua filosofia. Uma coisa de louco!

Segunda pergunta: vexames?!? Vejamos os principais títulos da carreira de Paulo Autuori como técnico:

Campeonato Paranaense (Atlético Paranaense)
Campeonato Mineiro (Cruzeiro)
Campeonato Peruano (Alianza Lima)
Campeonato Peruano (Sporting Cristal)
Campeonato Brasileiro (Botafogo)
Copa Libertadores da América (Cruzeiro)
Copa Libertadores da América (São Paulo)
Mundial de Clubes (São Paulo)

Pergunto novamente: vexames?!? Só se for os do comentarista, né?



Um pouco de educação e respeito são sempre bem vindos, principalmente em se tratando de uma pessoa que provavelmente sabe mais do que você e certamente conquistou muuuuuito mais do que você.

Sem sofrimento


"Time bom mesmo não pode sofrer por jogar fora de casa"

O comentarista escreveu que: "não é possível que o simples fato de jogar fora de casa intimide um visitante melhor que o anfitrião". Para reforçar seu pensamento, ele cita o Cruzeiro eliminado da Copa Sul-Americana após a derrota para o Nacional em Assunção e o Fluminense que perdeu para o Liverpool em Montevidéu. Segundo ele, os dois clubes deveriam ter seguido o exemplo do Corinthians: "que enfrentou o adversário mais forte, a Universidad de Chile, no Estádio Nacional lotado e venceu por 2 a 1". Este raciocínio faz sentido?

É fácil (e parece óbvio) dizer que o time mais forte não deve se intimidar simplesmente por estar jogando fora... mas existem uma série de fatores que precisam ser computados nesta "matemática". Considere o desgaste por conta da viagem, acrescente a falta de qualidade do juiz (que costuma ser "caseiro") e o desconhecimento/qualidade do campo de jogo, multiplique pela influência da torcida e pela falta de segurança dos jogadores, finalmente leve em conta a questão psicológica de cada jogador (para lidar com todos estes fatores adversos)... o resultado são jogos fora de casa (principalmente no exterior) normalmente mais complicados.




Em cima de tudo isso, temos ainda que considerar o fato do futebol ser um esporte altamente imprevisível, onde surpresas acontecem o tempo todo... um dia o time faz um jogo perfeito mas logo em seguida faz uma partida péssima. Por isso (também) que o esporte é tão bacana.


Pensando nisso, percebemos o oportunismo do comentarista ao escrever este texto justamente quando o seu time do coração fez uma excelente partida fora de casa! Por que ele não escreveu o mesmo texto após Brusque 0 x 0 Corinthians, partida da Copa do Brasil, onde o Corinthians jogou fora de casa e, sofrendo o tempo todo, precisou da disputa nos pênaltis para eliminar a equipe de Santa Catarina que disputa a série D do Brasileiro? Ao invés de "bom exemplo", neste caso o Corinthians seria o "mau exemplo".

Vai ver que Cruzeiro e Fluminense seguiram o exemplo deste jogo...

Quem? Quem? Quem? (parte 1)


"Afinal, quem pode tirar o título paulista do Palmeiras?"

Era início de Abril e o comentarista estava em êxtase com a vitória do Palmeiras diante do Novorizontino... ele escreveu que o Palmeiras: "trucida o adversário que estiver pela frente, sem dó nem piedade" e que o time: "segue a passos largos para cumprir o grande objetivo deste ano: ganhar TUDO". E afirmou: "Deve ganhar mesmo. Afinal quem pode tirar o título paulista do Palmeiras? E quem pode tirar o título da Libertadores? E o do Brasileirão?". Quem? Quem? Quem?

A resposta para a primeira pergunta a gente já sabe: Ponte Preta.

Vamos ter que aguardar mais um pouco para saber a resposta para as outras duas perguntas. Enquanto isso eu deixo mais três perguntas para vocês:

1. Quem é o comentarista que está sempre pedindo a queda dos técnicos?

2. Quem é o comentarista que não pára de fazer campanha pela volta do "mata-mata"?

3. Quem é o comentarista que mais erra em suas previsões?

Censura?


"Ranço de censura"

O comentarista critica um conselheiro do São Paulo que, apoiado torcedores, levará à reunião do conselho o pedido para que não seja mais permitida a gravação do programa "Baita Amigos", comandado pelo ex-jogador Neto, no estádio do Morumbi. O conselheiro afirma que: "Neto é corintiano e fala mal do São Paulo". O comentarista acha que a atitude do conselheiro: "tem ranço de censura". O comentarista está certo?

Não. O São Paulo é o dono do Morumbi... o clube tem o total direito de alugar os seus camarotes a quem quiser e a negar o aluguel dos mesmos a pessoas ou empresas que, por um motivo ou por outro, não tragam benefício para a instituição. Simples assim...

Por exemplo, será que a Globo manteria em sua grade de programação um programa que "falasse mal" da emissora? E se o UOL tivesse, por exemplo, um jornalista que continuamente ridicularizasse o próprio site?



Uhm... tive uma idéia: que tal se o comentarista cedesse espaço em seu blog no UOL para a publicação dos meus artigos? Poderia começar publicando este...

Errrrrou...


"O São Paulo se classifica na volta"

Comentarista é realmente um caso a ser estudado... cada um tem a sua "especialidade": um acha que tudo é culpa da CBF... o outro toda hora está pedindo para trocar o técnico ou então a volta do mata-mata... tem aquele que gosta das estatísticas inúteis... e o ultra-saudosista que está sempre sentindo falta das coisas ruins de antigamente... mas tem uma coisa que todos tem em comum: adoram prever com antecedência o resultado das partidas! Ou melhor dizendo: adoram "fazer de conta" que sabem qual vai ser o resultado...

Aqui temos mais um caso... o comentarista comentou a partida Defensa y Justicia 0 x 0 São Paulo e no final profetizou: "o São Paulo se classifica na volta". Percebam que ele não tem a menor dúvida... ele não usa palavras como "provavelmente", "deve", "acho", "acredito que"... é certeza mesmo: "o São Paulo se classifica na volta"!!!

Só que não...



"Comentaritivismo"


"Eduardo Baptista não foi homem para c..."

O comentarista saiu em defesa do colega comentarista (Juca Kfouri) que "falou o que quis" do técnico Eduardo Baptista e acabou "ouvindo o que não quis" do mesmo. O comentarista afirma que o treinador: "não foi homem pra caralho", pois se fosse teria ligado para o jornalista e falado: "tudo aquilo que foi dito pela televisão". Difícil entender o seu raciocínio... o jornalista acusou o treinador em seu blog, sem antes procurar Eduardo Batista para ouvir o outro lado da história e, por sua vez, o técnico (para mostrar que é homem) teria que primeiro ligar para o comentarista antes de dizer que não gostou do que foi falado a seu respeito? Qual é a lógica?



O comentarista também comenta o fato do jornalismo esportivo: "parecer revista de fofoca" ao invés de: "falar só de futebol, só de tática". Ele explica o comportamento fazendo a seguinte pergunta: "E os torcedores iriam dar audiência? Ou bocejariam?". Ou seja, ele justifica a baixa qualidade dos textos dos comentaristas pela também baixa qualidade dos leitores. Tipo: somos ruins, de propósito, porque os leitores gostam assim!

Não foi surpresa ver que o comentarista recebeu uma verdadeira "enxurrada" de mensagens criticando o seu texto... seguem apenas algumas frases entre centenas de comentários negativos:

"A imprensa esportiva é absolutamente lamentável, fofoqueira e mal intencionada, não passa desapercebido o corporativismo que reina entre vocês".

"Todos sabem o que o Juca quis dizer com "maleável". Esse tipo de coleguismo não é legal."

"O Juca usa os espaços onde trabalha para fazer suas matérias e comentários maldosos, o Eduardo é esculachado e tem de se defender de maneira privada?"

"Eduardo Baptista tá certo em falar dessa imprensa brasileira composta por torcedores que deixam de falar do futebol em si para falarem da vida pessoal dos atletas e treinadores."

"Assim é fácil ser jornalista. Inventa-se uma mentira para agitar um time de futebol e depois diz que não é obrigado a revelar a fonte."

"Achei que o Juca tinha sido infeliz, mas você ganhou o prêmio. Infeliz do ano."

"Você escreve o que quer, ponto. Ele fala o que quer também."

"O problema do jornalismo é não levantar a informação apropriadamente, apenas ouvem uma "fonte" e pronto, o jornalismo responsável na minha opinião deveria confirmar a informação, investigar, caso contrário não vai publicar informação e sim boato, fofoca, mentira ou sei lá o quê."

Etc, etc, etc...