Oh céus, oh vida, oh azar!


"Nenê pode dar certo como um coadjuvante de elenco."

O comentarista escreve um artigo "detonando" a contratação do meia Nenê, pelo São Paulo. Lembram do antigo desenho Lippy e Hardy da Hanna-Barbera? Lippy era um leão que andava sempre na companhia de seu amigo Hardy, uma hiena pessimista que estava sempre dizendo: "isto não vai dar certo!" e "oh céus, oh vida, oh azar!". Pois é... o comentarista é a hiena pessimista...

Ele começa reclamando da idade do jogador (36 anos) porque, segundo ele, Didi tinha 37 anos quando foi contratado pelo São Paulo e: "jogou apenas quatro partidas. Não aguentava mais". Isto aconteceu a (pasmem) 60 anos!!! Melhor repetir: SESSENTA ANOS!!! Ele resolveu comparar Nenê com um jogador dos anos 50! Pior do que isto: por que ele usou em sua comparação justamente um jogador na qual a idade foi um problema? Que tal usar em seu raciocínio o Zé Roberto (que parou aos 43 anos no Palmeiras)? Sete anos mais novo... o Nenê é um nenê...


O comentarista em seguida reclama do tempo de contrato, diz que: "Nenê pediu um contrato de dois anos e o São Paulo queria um"... ué... normal... por isso que o contrato é "negociado". Em compensação, o salário do jogador será de 250 mil ao invés dos 400 mil que ele tinha no Vasco. O tempo de contrato e o salário não parecem nada fora do padrão "futebolístico"... mas lá vem o comentarista Hardy reclamar: "Nenê se arrumou até a aposentadoria". Tolice... Nenê joga futebol a mais de 20 anos. Faça uma conta por baixo... bem por baixo... 20 anos x 13 salários x SALÁRIO-MÉDIO de um jogador de seu nível (jogou no Palmeiras, Santos, Mallorca, PSG, Al-Gharafa, Vasco). Some a esta "bolada" outros recebimentos como bichos, direitos de imagem, luvas, etc. A conclusão é óbvia... o contrato de 2 anos com o São Paulo não "arrumou" Nenê... ele já se "arrumou" a muuuuuito tempo.


Então ele reclama da "intensidade" do jogador... o comentarista pergunta: "Qual a intensidade?". Quer dizer que para valer a contratação o jogador tem que ser um Usain Bolt? E a qualidade técnica? Não interessa? O São Paulo está tentando montar uma equipe de futebol ou uma equipe de corrida de trenó estilo "Jamaica abaixo de zero"?

Encerra afirmando que o experiente jogador não chega aos pés do reserva do reserva do Cueva: "o São Paulo deve perder Cueva após a Copa, o que fará caso Shaylon não se firme? Terá Nenê como titular?"

Oh céus, oh vida, oh azar!