Perdeu pra Sonia Abrão


"Pato é o novo reforço do Palmeiras"

Bomba! Bomba! "Pato é o novo reforço do Palmeiras"! Pelo menos foi o anunciado pelo comentarista especialista em futebol no programa "Os Donos da Bola". Como ele é bem informado hein? Infelizmente, para o comentarista, algumas horas depois foi confirmado o acerto do atacante com o São Paulo. Que vergonha!

Os internautas não perdoaram o comentarista e tornaram este assunto um dos mais comentados no Twitter brasileiro. Os torcedores lembraram que a Sonia Abrão, no programa de fofoca "A Tarde é Sua", já tinha dado como certa, uma semana atrás, a contratação de Pato pelo São Paulo e mandaram nas redes sociais: Neto c... perdeu pra Sonia Abrão!

Para piorar, o comentarista ainda tentou, nas palavras dele mesmo: "justificar o injustificável" e acabou criando uma desculpa totalmente esfarrapada. Segundo o comentarista, o fato dele revelar que o jogador era reforço do Palmeiras fez com que o São Paulo aumentasse a oferta. Isso teria que ter acontecido nas poucas horas entre o anúncio furado do comentarista e o anúncio oficial do clube. Simplesmente ridículo!

Agora... comentarista de futebol perder para comentarista de fofoca? É o fim do mundo mesmo...

Eu vejo um vexame!


"O SP apenas adiou mais um vexame"

O comentarista logo, após a partida São Caetano 1 x 1 São Paulo, que classificou a equipe da capital para a próxima fase do campeonato paulista, escreveu: "com a classificação assegurada para a fase final do Paulista, o Tricolor conseguiu apenas adiar mais um de seus vexames". Foi realmente mais um vexame...

Do comentarista!

Acreditando que o São Paulo seria eliminado pelo Ituano, que terminou a fase de grupos com mais pontos, o especialista esportivo "profetizou" um vexame para o Tricolor. No entanto, o comentarista esqueceu de "combinar com os russos" e o São Paulo não apenas eliminou o time do interior, como foi o único classificado para as semi-finais a ganhar as duas partidas.

Oito ou oitenta


"São Paulo tinha a vaga garantida. Não tem mais."

Comentaristas, normalmente, são "oito ou oitenta"... tudo ou nada... mudam "da água para o vinho" por qualquer fato novo que aconteça. Temos aqui um exemplo disto. Se o São Paulo tivesse batido o Ituano no primeiro jogo das quartas de final por 2 a 0, o comentarista (com sua bola de cristal) tinha certeza: "São Paulo tinha a vaga garantida". Mas como o Ituano conseguiu marcar o seu gol no final do segundo tempo e a partida terminou 2 a 1, então ele afirmou: "não tem mais". Oito ou oitenta...

Ele está errado... o São Paulo não tinha a vaga garantida caso tivesse ganho por 2 gols de diferença. Se o Ituano foi capaz de marcar um gol no Morumbi, onde foi totalmente dominado pelo São Paulo, porque não poderia marcar dois em seu estádio? Quem garante que o São Paulo, que talvez tenha feito a sua melhor partida do ano, vai conseguir repetir a boa atuação na próxima partida? Comentarista é cheio de tolices do tipo "se o time A não marcar um gol em X minutos não dá mais", ou então "Fulano perdeu o gol que garantiria a classificação"... tudo besteira. A história do futebol está cheia de casos de viradas sensacionais e, muitas vezes, conseguidas nos últimos minutos das partidas ou então de times grandes que perderam para times menores por dois ou mais gols de diferença. Não precisamos ir muito longe... no campeonato paulista mesmo, o Santos já perdeu por placares elásticos em duas oportunidades (5 x 1 e 4 x 0) para equipes do interior. Se a "sensação" do campeonato foi goleado duas vezes, porque a equipe classificada com menor número de pontos não poderia perder por dois gols de diferença?

Comentaristas reclamões


"Com gol irregular, Novorizontino empata com o Palmeiras"

"O VAR comeu bola"


"E o VAR, hein?"

Que os comentaristas são "reclamões" a gente já sabe, mas assim também é demais. Faz anos que eles reclamam da CBF não usar o árbitro de vídeo no futebol brasileiro, quando finalmente o VAR é implantado, o que os comentaristas fazem? Reclamam é claro! E adivinhem se eles estavam certos na reclamação? É claro que não...

Com relação a este assunto, é importante ter em mente que, é lógico, o VAR não vai resolver 100% dos erros dos árbitros nas partidas, o que se espera é que a quantidade de falhas importantes (pênaltis e gols) diminuam bastante. Mas a vontade dos comentaristas de reclamar supera qualquer entendimento lógico da situação. Quando não havia VAR reclamavam... como agora o VAR está em operação, ficam em alerta máximo, "babando" por um erro do sistema para poder reclamar da sua aplicação.

Quebraram a cara... reclamaram, reclamaram, reclamaram que o gol do Novorizontino contra o Palmeiras foi irregular e, no final, a imagem mostrou que o VAR estava certo.



Ponto positivo para a nova tecnologia, ponto negativo para os velhos reclamões...

Pode pedir música!


"Flamengo receberá 30% a menos do que polêmico contrato do Corinthians"

Inacreditável, o comentarista não aprende... é o terceiro artigo que ele escreve sobre a parceria do BMG com o Corinthians, desta vez comparando com a acordo entre BMG e Flamengo e acreditem... ele errou pela terceira vez!

No primeiro texto informou erroneamente que o Corinthians receberia, por ano, R$ 30 milhões fixos mais 50% do lucro proveniente das contas (quando na verdade são R$ 12 milhões fixos + 50% do lucro). No segundo artigo tentou consertar o erro porém piorou mais, pois não sabia que o valor já recebido pelo Corinthians (R$ 30 milhões) foi apenas um adiantamento, que terá que ser debitado (com juros) dos R$ 12 milhões + 50% do lucro no futuro. Além disso, foi muito ingênuo ao não questionar a previsão super otimista de arrecadação de R$ 100 milhões anuais.

Saiba mais em: Em primeiro lugar a verdade

Agora, em seu terceiro ato, ainda tentando (desesperadamente) provar que estava certo ao elogiar a parceria do Corinthians, escreveu: "Flamengo receberá 30% a menos do que polêmico contrato do Corinthians". Errou de novo! Na verdade, pelo acordo com o BMG o Flamengo receberá anualmente R$ 15 milhões fixos + 50% do lucro, ou seja, o Flamengo receberá 25% A MAIS do que o Corinthians.

Quem escreve três artigos sobre o mesmo assunto e erra nas três vezes pode pedir música no Fantástico?

Comentarista de resultados


"Quem gosta de futebol de resultados ficou feliz com a vitória. Quem gosta de futebol bem jogado, não."

O Palmeiras fez sua estréia na Copa Libertadores 2019, com vitória, fora de casa, contra o campeão colombiano Júnior Barranquilla. Que tal? Nada mal hein? O comentarista não gostou! Segundo ele: "quem gosta de futebol de resultados ficou feliz com a vitória", mas: "quem gosta de futebol bem jogado, não". Uma tolice, é claro.

A prioridade sempre foi e sempre será: ganhar... depois, se possível, jogar bem. Pergunte ao torcedor são-paulino se ele gostaria que o São Paulo tivesse classificado para a fase de grupos, ainda que fosse com "futebol mal jogado". Depois verifique se o torcedor atleticano trocaria as duas derrotas do Atlético na Libertadores por vitórias "na bacia das almas". Enfim, veja se o torcedor gremista ficaria mais feliz se, ao invés do empate fora e derrota em casa, o Grêmio tivesse obtido duas vitórias, mesmo que fossem em jogos "mal jogados". A resposta é óbvia...

Aí chegamos no ponto mais importante: quer dizer então que quando um time perde praticando um "futebol bem jogado" os comentaristas elogiam a atuação? Não... isto não é verdade. Não importa se uma equipe "jogou bem", teve 70% da posse da bola, dominou a partida toda, criou inúmeras oportunidades de gol, etc... se, mesmo assim, acabar eliminado por uma equipe de nível técnico supostamente inferior, os comentaristas vão condenar o "vexame", atacar jogadores, divulgar que o técnico está "na corda bamba", dizer que os dirigentes são incompetentes e tudo mais.

Ou seja, a única saída é jogar bonito e ganhar...

Incoerência ao quadrado


"Kaká foi omisso fora das quatro linhas, nunca se posicionou sobre nada."

"Lucas é milionário e evangélico, aí está a chave de sua escolha."

Temos aqui mais um exemplo de incoerência... o comentarista escreveu um artigo criticando o Kaká por ele ter sido: "omisso fora das quatro linhas", pois na sua opinião o jogador: "nunca se posicionou sobre nada". Eu sei o que você deve estar se perguntando: o jogador, que foi o último brasileiro a ser eleito o melhor do mundo, era pago para jogar futebol ou para "se posicionar" politicamente?!? Pois é... ridícula a "cisma" do comentarista, ora bolas, o jogador "se posiciona" se quiser, ninguém tem nada com isso, não é mesmo? Pois é... e isso é apenas o começo... ficou pior!

Passado alguns meses, o comentarista resolveu criticar o Lucas e adivinhem? Desta vez ele criticou o jogador por ele ter "se posicionado", ao anunciar que votaria no candidato X. A questão não é discutir se o candidato X é melhor ou pior que o Y (provavelmente um deles é muito ruim e o outro ainda pior, só falta decidir quem é quem), o inusitado aqui é que o comentarista critica quem "não se posiciona", da mesma forma que critica quem "se posiciona", se o posicionamento não for igual ao dele próprio, é claro!

Em outras palavras: não falar o que pensa é ruim, falar diferente do que pensa o comentarista é ruim também, ou seja, bom mesmo só a opinião do comentarista. O sabe tudo do futebol, da política e de todos os outros assuntos.

Em ambos os artigos, o comentarista foi "massacrado" por seus leitores na seção de comentários... sério, deu pena:


"Vocês criticam jogadores por não tomarem posição mas quando um jogador se manifesta o mundo cai sobre ele."
"É difícil ler tanta besteira em um único lugar. Parabéns!"
"Quanta besteira em um texto só, quem é você para dizer o que ele deve fazer na vida?"
"Uma pena você investir o seu tempo para dar a sua opinião sobre a vida pessoal de alguém."
"Uma das piores opiniões que eu já li."
"Para quem fala de igualdade e justiça você é um grande preconceituoso."
"São através de textos como esses que jornalistas medíocres como você tentam chamar um pouco de atenção."
"Não julgue o voto do Lucas assim, pense antes de justificar os erros de quem você tanto defende."
"Patético, quer contestar um voto de um negro e cidadão brasileiro!"
"O que você fala é pura groselha, cada um tem o direito de votar como quiser."
"Patético, você tem a cara de pau de criticar um voto declarado de um cidadão brasileiro"
"Comentarista de esporte agora também julga as opções eleitorais de jogadores?"
"Este artigo deixa claro o porquê de você ter virado jornalista esportivo."
"Nossa, que comentário preconceituoso."
"Só vale manifestação se for conforme o pensamento de vocês."
"Se um jogador se manifestar por um candidato que está condenado e preso, daí vale?"
"O seu raciocínio e suas ideias são de um adolescente de 15 anos."
...




Cortem-lhe a cabeça!


"O trio de arbitragem deveria ser suspenso até o final do ano no mínimo"

O comentarista escreveu seu artigo decepcionado com a arbitragem brasileira. De acordo com o seu próprio "instituto" de estatísticas, acontecem: "erros grotescos de arbitragem em quase todos os jogos no futebol brasileiro"! Sério?!? Todos nós, que acompanhamos futebol, sabemos que muitas falhas de arbitragem acontecem no Brasil e no mundo todo, mas erros GROTESCOS em QUASE TODOS os jogos é exagero, não é mesmo? Enfim... se na hora de contar os erros o comentarista é exagerado, o que deveríamos esperar da sua sugestão de "punição" ao árbitro que erra?

É lógico... não podia ser diferente... na opinião do comentarista o trio de arbitragem que errou: "deveria ser suspenso até o final do ano no mínimo". Interessante a sua ideia... gostaria que ele tirasse as seguintes dúvidas:

1. Quem irá fornecer os sustentos para ele e sua família neste período? O sindicato dos árbitros? A CBF? O comentarista?

2. Jogadores que cometerem erros grotescos também serão suspensos até o final do ano?

E o mais importante:

3. A mesma regra vale para comentaristas que escreverem textos com erros grotescos?!?

Poderíamos começar com este aqui, que tal?

Melhor zero na nota do que prejuízo no bolso


"Leco, presidente do Botafogo"


"Não contávamos com a imensa capacidade do presidente Leco de superar-se na incompetência"

Os comentaristas escreveram artigos criticando o presidente do São Paulo pelo empréstimo do atacante Diego Souza ao Botafogo. O primeiro escreveu sarcasticamente: "Leco, presidente do Botafogo", por considerar que o cessão do jogador foi um ótimo negócio para o Botafogo, o segundo acusou o presidente de: "incompetência". No entanto, as análises dos comentaristas (e estagiários em economia) são totalmente falhas!

Os dois comentaristas baseiam seus argumentos no fato do São Paulo ter pago R$ 10 milhões ao Sport pelo jogador. Isto não pode ser feito. O valor pago pelo atacante no passado é um custo irrecuperável (ou "custo afundado", do inglês, sunk cost) e, como princípio básico de economia e administração, estes custos passados não podem influenciar no processo de planejamento futuro.

Um exemplo:

Uma empresa está desenvolvendo um produto mas, apesar de já ter gasto R$ 10 milhões, o produto ainda não está pronto. Para terminá-lo ela precisa gastar mais R$ 5 milhões e, uma vez pronto, ela receberá R$ 2 milhões pelo mesmo. O que a empresa deve fazer? Resposta: cancelar o desenvolvimento do produto. E os R$ 10 milhões que já foram gastos? Este é o tal custo irrecuperável... já era... o que importa é que a empresa terá que gastar mais R$ 5 milhões para receber apenas R$ 2 milhões, ou seja, além dos R$ 10 milhões já gastos terá mais R$ 3 milhões de prejuízo. Não compensa!

No caso específico do jogador, os R$ 10 milhões do passado são irrecuperáveis, o que precisa ser avaliado são outros itens futuros, como por exemplo:

- Os salários a serem pagos ao jogador (aproximadamente R$ 600 mil por mês) até o final do contrato.
- Benefícios e prejuízos da permanência do jogador no time.
- Vontade do jogador (jogador insatisfeito rende menos).
- Etc

Não é uma "conta" nada fácil porque, tirando os salários, os outros itens são totalmente subjetivos. Poderíamos tentar inverter a pergunta: será que os comentaristas estariam elogiando o presidente do São Paulo numa situação contrária, se ele tivesse aceitado pagar R$ 600 mil por mês pelo empréstimo do Diego Souza até o final do ano? Sinceramente, duvido...

Enfim, às vezes é melhor assumir um erro do passado e, pelo menos, tentar reduzir o prejuízo do mesmo...

Não brinco mais!


"Sou a favor de entregar o estádio para a Odebrecht e fazer outro estádio"


"Neto tem razão: seria melhor devolver o Itaquerão"

O Corinthians tem dificuldades financeiras... isto é fato. O valor exato das dívidas é sempre um mistério... no ano passado foi divulgada uma dívida de R$ 500 milhões, mas neste valor não estão incluídas as dívidas com o estádio. Falam-se em mais de 1 bilhão a serem pagos para o BNDES, Caixa Econômica Federal e Odebrecht. Como fechar esta conta? Parece difícil, não é mesmo? Não para os comentaristas-economistas de plantão... a solução é muito simples: basta devolver o Itaquerão!!! Não é uma ótima ideia?

Os comentaristas parecem não viver no mundo real... eles tratam a bilionária engenharia financeira que resultou na construção do estádio em Itaquera como se fosse uma brincadeira de crianças, onde um dos moleques, em determinado momento, percebendo que não vai ganhar, diz: "não brinco mais!", levanta e vai para a sua casa. Simples assim! Um dos comentaristas vai ainda mais longe e sugere: "fazer outro estádio"! O clube tem quase 2 bilhões em dívidas e a solução apresentada pelo comentarista é "fazer outro estádio"... calcule você a viabilidade desta ideia!

Os comentaristas se esquecem que, como em qualquer empréstimo bancário, o Corinthians deu garantias financeiras para realização deste negócio, por exemplo, apenas no contrato do Corinthians com a Caixa são listadas 12 garantias, incluindo até mesmo o terreno onde está o Parque São Jorge, sede do clube. O não cumprimento de sua parte no contrato faria com que seus credores pudessem executar estas garantias, o que obviamente pioraria ainda mais a situação atual.

Ô vida dura


"Por que não estudei para ser médico, engenheiro ou advogado?"

O comentarista escreveu um artigo reclamando de sua vida dura como: "jornalista que trabalha com a bola". Ele afirmou que escolheu: "trabalhar com futebol" porque gosta: "mas tem domingo que é duro" e que, naquele dia específico, após sofrer: "vendo jogos desde às 11 horas da manhã", se perguntava: "por que não estudei para ser médico, engenheiro ou advogado?". O texto é esquisito por várias razões...

Antes de mais nada, parece impossível imaginar que o comentarista de 68 anos de idade e 50 anos de carreira, nas mais diversas empresas, como revistas, (Placar e Playboy), TVs (Tupi, Record, SBT, Globo, Cultura, Rede TV, ESPN, CNT), jornais (O Globo, Folha de São Paulo, Lance!), rádios (Rádio América, CBN) e internet (UOL), seja "obrigado" a ficar assistindo partidas de futebol a contragosto. "Nesta altura do campeonato", parece óbvio que, ele assiste as partidas e comenta sobre elas, porque quer.

Em segundo lugar, pensem bem, se fazendo aquilo que escolheu "porque gosta" e o faz por 50 anos, assim mesmo "tem domingo que é duro", o que o faz pensar que caso fosse médico, engenheiro ou advogado a vida seria diferente? Será que para médicos, engenheiros e advogados não existem dias difíceis? Basta colocar o jaleco, capacete ou toga e sair "gritando goooool" todos os dias?

Por fim, já que ele está achando a vida de comentarista de futebol muito dura, aqui vai uma sugestão: ao invés de ficar com arrependimento por não ter estudado medicina, engenharia ou direito, por que não começa a trabalhar com Ciências Sociais, que é a sua formação original?

Não é crime


"Por que a Receita poupa a cartolagem do futebol?"

O comentarista escreveu um artigo condenando: "a estranha omissão da Receita Federal" que, segundo ele: "poupa a cartolagem do futebol, mesmos os já denunciados pela Justiça de outros países, por terem recebido milhões de euros de maneira irregular". Em sua ânsia por atacar o governo atual, sobrou até para o atual secretário da Receita Federal, que está no cargo a apenas 2 meses. A indignação do comentarista com a Receita está correta? Afinal, por que os dirigentes brasileiros são "poupados"?

O comentarista está errado. Os dirigentes do futebol brasileiro não são "poupados" como ele diz, na verdade eles não são denunciados como em outros países, porque os supostos crimes que teriam cometido, simplesmente não são crimes no Brasil. O Código Penal brasileiro não prevê punição para a corrupção privada. Se um empresário A, de uma empresa privada, paga propina para o empresário B, de outra empresa privada, facilitar algum tipo de negociação, contrato, encontro ou reunião para levar vantagens, eles não podem ser punidos criminalmente. A corrupção prevista no Código Penal brasileiro corresponde apenas para desvio de conduta na administração pública. Neste caso, pune-se o corrupto passivo, o agente público que recebe a vantagem indevida e o corruptor ativo, o agente privado que desembolsa a propina. A legislação abrange chefes do executivo, parlamentares, ministros, empresários, funcionários de empresas estatais, etc.

Existe um projeto de lei que prevê criminalizar a corrupção privada no país (saiba mais aqui), mas enquanto esta lei não vem, nos resta apenas, infelizmente, lamentar esta grande "falha" na nossa legislação penal e torcer para que a mesma seja, em breve, melhorada.

Em tempo: a falta de conhecimento do comentarista, é constrangedor, mas também não é crime.

Crii! Crii! Crii!


"Denis campeão e Ceni questionado"

Quando assunto é Denis, o ex-goleiro do São Paulo, o comentarista tem um comportamento antagônico. Não sei se é devido à imensa vontade de criticar a diretoria, porque ao mesmo tempo que ele não se cansa de dizer que o clube errou em manter Denis como o sucessor do ídolo Rogério Ceni, ele sempre que pode, critica a diretoria por ter desistido do goleiro substituto tão rápido. Justamente o comentarista que acha que técnico, que não mostrar serviço em um mês, deve ser logo demitido, por que neste caso acha que 2 anos de titularidade não foram suficientes para o goleiro mostrar o seu valor? Pior, se ele acha que o São Paulo errou em deixá-lo como titular (por 2 anos), por que razão deveria insistir no erro por mais tempo ainda? Bom... como se isso já não fosse suficiente, o comentarista ainda fez mais...

Pois bem, a ânsia em "cornetar" o São Paulo sobre este assunto é tão grande que o comentarista não resistiu... ao ver o Figueirense (time atual do goleiro Denis) campeão do campeonato catarinense e o Fortaleza (time atual do técnico Rogério Ceni) vice-campeão do campeonato cearense, o comentarista escreveu: "Denis campeão e Ceni questionado", em um texto onde, comemora o título do Figueirense celebrando a boa partida do goleiro na final e, de modo injusto até, questiona o trabalho do técnico por não ter conseguido ser campeão com o Fortaleza. Foi baixo... qual o sentido de comparar o Denis goleiro, com o Ceni técnico? Ganhar um torneio estadual ou ser vice de outro, credencia ou descredencia a carreira de um jogador ou um técnico?

Veio o campeonato brasileiro e a situação se inverteu bastante... o Fortaleza de Ceni acabou campeão da série B, 9 pontos na frente do segundo colocado e o Figueirense de Denis terminou na décima-quinta colocação, a apenas 3 pontos da zona de rebaixamento.

Sabe o que o comentarista escreveu sobre isto?