Quem errou mais?


"Não escrevi nada porque o juiz não errou."

"Eu, corintiano, acho que não foi falta do Pratto em Cássio."

Assim que acabou o clássico São Paulo 1 x 1 Corinthians, onde a arbitragem errou ao anular um gol legal do time do Morumbi, o comentarista atribuiu o empate ao: "medo tricolor" que, segundo ele: "estava cauteloso demais quando podia tentar resolver o clássico". Como o comentarista, que é sempre crítico ferrenho da baixa qualidade da arbitragem, estranhamente não escreveu nada sobre o erro do juiz, um leitor de seu blog o questionou: "Nem uma linha sobre o erro do assoprador?". O comentarista, com a arrogância costumeira com que trata seus leitores, escreveu: "Não escrevi nada porque o juiz não errou". O juiz errou sim... e o comentarista errou mais ainda!

Talvez porque o comentarista é corintiano fanático, talvez por ter sido "enganado" pelo baixo nível dos comentários da SporTV ou, provavelmente, por ambos os motivos... o fato é que o comentarista só foi dar conta de seu erro quando assistiu ao programa do Sálvio Spinola na ESPN.




A sua reação depois disso foi bastante conveniente:

1) Colocou um "adendo" em seu artigo original citando o erro, porém de maneira tímida: "verdade que fez um gol legal com Militão de cabeça, mas o assoprador de apito marcou falta de Pratto", sem mudar a ideia geral do texto ou, pelo menos, dar a devida importância ao fato.

2) Foi rápido para adicionar o erro do "assoprador de apito" mas não mencionou que ele, até pouco tempo, concordava com o juiz.

3) REMOVEU a sua resposta arrogante ao comentário do leitor (que estava correto), sem dar nenhuma satisfação ao mesmo!

No final das contas, o que foi pior?

(a) O "medo tricolor"
(b) O erro do árbitro
(c) Os erros do comentarista

O comentarista tinha obrigação de ver


"O auxiliar atrás da linha de fundo tinha obrigação de ver a irregularidade no gol de Jô"

Mais um comentarista criticou o árbitro auxiliar da partida Corinthians 1 x 0 Vasco, por não ter visto que a bola bateu no braço de Jô. Ele escreveu que: "o auxiliar atrás da linha de fundo tinha obrigação de ver a irregularidade", afinal de contas, segundo o comentarista, era: "lance fácil". Incrível... o comentarista é "especialista" no assunto, participou de discussões (intermináveis) em programas na TV, teve todo o tempo do mundo para ver todas as imagens no conforto de sua casa e, mesmo assim, não conseguiu se atentar a um fato extremamente claro...

Já escrevi sobre este assunto no texto O comentarista não tinha o direito de não ter visto... na verdade, a imagem do exato momento em que a bola bate no braço do atacante do Corinthians mostra que a trave encobre a visão do juiz auxiliar, não permitindo que ele veja o lance com clareza. Jogada rápida, com a visão encoberta exatamente no momento da irregularidade... certamente não era um "lance fácil" como o comentarista diz.



Como diria Arnaldo César Coelho: "a imagem é clara"... claríssima... o comentarista tinha obrigação de ver!

Prova viva da incompetência


"Walter é uma prova viva da incompetência que caracteriza o futebol brasileiro"

Os comentaristas adoram falar da incompetência do futebol no Brasil. Aqui, segundo eles, todos são incompetentes. Paradoxalmente, apenas os comentaristas brasileiros não são incompetentes... incrível não é mesmo? Ou alguém já viu algum comentarista chamando um outro comentarista (ou ele mesmo) de incompetente? Pois bem, neste artigo o comentarista se superou ao escrever sobre o atacante Walter do Atlético Goianiense, na opinião dele: "nenhum clube (do Brasil) foi capaz de resolver seu problema com o peso" e que, por esta razão, o atacante: "é uma prova viva da incompetência que caracteriza o futebol brasileiro". Na verdade, o seu texto esta mais para "uma prova viva da incompetência dos comentaristas brasileiros"!

Em primeiro lugar, o comentarista de forma muito conveniente, omite o fato do jogador ser, na verdade, atleta do Porto de Portugal onde, no período de 1 ano e meio, disputou 33 jogos e, devido a vários questionamentos sobre o seu peso, acabou emprestado ao Cruzeiro (Depois Goiás, Fluminense, Atlético Paranaense, Goiás novamente e atualmente Atlético Goianiense). Por que o Porto não foi capaz de: "cuidar da cabeça e do corpo do jogador"? Isto não seria uma prova da incompetência que caracteriza o futebol europeu? Por que é brasileira a culpa pela incapacidade em resolver o problema que começou (e não foi resolvido) na Europa?


Agora o mais importante: o principal responsável pela forma física do jogador é, obviamente, o próprio atleta. É dele a responsabilidade de cuidar de sua saúde física e emocional... se o jogador "não quer" ou realmente não consegue entrar em forma, não será nenhum clube do planeta que conseguirá esta proeza.


O comentarista foi "bombardeado" por críticas de seus leitores que, infelizmente, ficaram sem resposta:

"Não Juca, a culpa não é da comissão técnica dos times em que ele passou. É somente dele."

"Se o Walter fosse europeu , seria responsabilizado pelos atos dele e a culpa não seria dos outros."

"Culpar o "futebol brasileiro" pelo fato da gordura do Walter não me parece uma atitude correta. O jogador teve inúmeras chances, inclusive no Porto."

"O cara simplesmente não quer. Por que o senhor não escreve sobre a incompetência da toda poderosa Internazionale de Milão e nosso querido Adriano?"

"Nunca esquecendo que ele já passou uma temporada com os gringos pois foi vendido pelo Inter para o Porto e voltou mais gordo que quando saiu."

...

O comentarista não tinha o direito de não ter visto


"O auxiliar não tinha o direito de não ter visto"

Após o jogo Corinthians 1 x 0 Vasco, onde foi irregularmente validado um gol em que a bola bateu no braço do atacante do Corinthians, o comentarista escreveu: "o auxiliar não tinha o direito de não ter visto" porque ele: "estava muito próximo". Não... o comentarista está errado!

Os comentaristas, de modo geral, tem o péssimo costume de ficar "apontando culpados" se esquecendo que a falha é natural do ser humano. Este comentarista é, normalmente, o campeão neste quesito... ele escreveu: "eles são pagos para trabalhar direito e trabalham errado", se esquecendo (ou não fazendo força nenhuma para se lembrar) que TODOS que trabalham com o futebol são pagos para trabalhar direito e que, normalmente, também erram. Jogadores que ganham salários milionários perdem gols "imperdíveis", sofrem gols "impossíveis" e, vejam só, colocam a mão em bolas que já estão praticamente "dentro do gol"! Treinadores, dirigentes, locutores... todos são muito bem remunerados e, obviamente: todos erram. Será que só os comentaristas não erram? Ou será que eles não são pagos para trabalhar e por isso tem o "direito de errar"?

Antes de mais nada, temos sempre que lembrar que uma coisa é ver o lance ao vivo e ter que tomar uma decisão em segundos, sob pressão e outra coisa é ver o lance depois, em câmera lenta, repetidas vezes, no conforto do sofá. Nesta situação em particular, o comentarista, que teve tempo suficiente para analisar as imagens, errou feio por não perceber que o auxiliar, apesar de estar muito próximo, teve a visão do lance encoberta pela trave. Analisando a imagem com calma podemos ver claramente que o auxiliar "tinha o direito de não ter visto" a bola bater no braço do atacante. Infelizmente, não podemos dizer o mesmo do comentarista...

Rabugento


"São Paulo desvaloriza Morumbi ainda mais"

O comentarista escreveu um artigo criticando os preços dos ingressos praticados pelo São Paulo nos jogos no Morumbi. Ele começa dizendo que: "seria ilógico cobrar no estádio do Morumbi os mesmos valores de ingressos praticados em arenas mais modernas"... mas em seguida vem a crítica: "cobrar menos da metade de seus adversários é desvalorizar o patrimônio". Sua reclamação faz sentido?

Infelizmente a vontade de criticar os dirigentes (que muitas vezes dão razão para isso) é tão grande que o comentarista faz uma avaliação extremamente superficial... vamos a alguns pontos:


1) Antes de mais nada temos que lembrar que, independente do preço do ingresso, os comentaristas sempre vão criticar: se o preço aumenta criticam que o público diminuiu na hora que o time mais precisa, se o preço abaixa então criticam que o clube deixou de arrecadar. Nada está bom.




2) O comentarista compara os preços praticados pelo São Paulo com os praticados por Corinthians e Palmeiras. Uma tolice sem tamanho, uma vez que os rivais possuem estádios mais novos, atrativos, confortáveis e, principalmente, com acesso muito mais fácil. Além disso, os dois clubes estão nas primeiras posições do campeonato enquanto o São Paulo é o penúltimo colocado. É claro que as torcidas adversárias estão mais motivadas a pagar preços maiores do que a torcida do São Paulo, assim como é óbvio a necessidade do clube trazer a torcida para o seu lado neste momento difícil, mesmo se for em detrimento de uma arrecadação maior.


3) Outro ponto importante que não é levado em conta pelo comentarista é a capacidade dos estádios comparados:


Morumbi = 72.039

Arena Corinthians = 47.605
Arena Palmeiras = 43.713

Vejam que o estádio do São Paulo comporta 51% mais pessoas que o estádio do Corinthians e 65% mais pessoas que o estádio do Palmeiras. Ou seja, lotados, mesmo cobrando a metade de seus adversários, o São Paulo arrecadaria apenas 24% a menos que o Corinthians e apenas 18% a menos que o Palmeiras. Levando-se em conta o item 2 mostrado acima, diferenças desta ordem de grandeza são muito pequenas.


4) Para finalizar: quanto o comentarista (que é formado em jornalismo) entende de estratégia para precificar uma partida de futebol? Será que estamos diante de um gênio que, sem formação/experiência em administração, economia ou gestão, é capaz de assegurar que o São Paulo está fazendo "um péssimo negócio"... ou é só "achismo" mesmo?


Em tempo: apesar de ser o penúltimo colocado do campeonato, o São Paulo tem a terceira melhor arrecadação do torneio, perdendo apenas para os clubes que o comentarista (espertamente) usou em sua comparação.

Táva ruim agora parece que piorou


"São palavras repetidas, vazias... onde está a novidade? Cadê o gancho? ... Agora, Rodrigo Caio foi pior. Deu gancho aos jornalistas."

Em seu artigo, o comentarista reclama que: "Rodrigo Caio sempre repete que o time está numa crescente, que é necessário trabalhar mais, que o grupo está unido", etc. Segundo ele: "São palavras repetidas, vazias... o jornalista grava e, na hora de escrever ou editar para rádio ou televisão, pensa: por onde eu começo? Onde está a novidade? Cadê o gancho?". Pois é... estas respostas "pré-fabricadas" de jogador de futebol cansam mesmo: "agora é levantar a cabeça", "vamos trabalhar nesta semana", "vamos ver o que o professor tem a dizer", "a equipe está unida", etc. De repente temos uma novidade: o jogador disse algo "fora do script"... reclamou do companheiro de trabalho que, na sua opinião, não está se esforçando ao máximo para tirar o clube da situação que se encontra. Legal!!! E o que o comentarista acho disso?

Não gostou!!! Na verdade ele achou que: "Rodrigo Caio foi pior"!!! Vai ententer... se fala sem conteúdo tá ruim, se fala com conteúdo tá pior!!!



Os seus leitores foram à loucura com a falta de nexo e o comentarista recebeu "uma enxurrada" de comentários negativos:

"Discordo totalmente de você, O Rodrigo Caio foi perfeito na entrevista e mostrou que, ao contrário de dezenas de outros "atletas", tem personalidade para enfrentar os obstáculos e não tem medo de por a cara para bater."

"Primeiro diz que ele só fala coisas óbvias e por isso nem o jornalista consegue escrever, depois, quando o cara abre a boca e fala o que de fato está pegando, vem com essa de que não devia ter falado. Vai entender!"

"Triste a colocação do Sr Menon. Agora, ao falar com sinceridade é criticado exatamente por quem deveria dar exemplo de liberdade de opinião! Êta imprensa tendenciosa!"

"Desastroso foi eu perder meu tempo lendo isso. Todas entrevistas de jogadores e esportistas são uma chatice mas, ai quando um cara fala o que pensa e que não foi nada demais, o cara vem e publica um lixo desses."

"Menon, você queria que Rodrigo Caio desse beijos no Cueva, o Peruano não esta jogando nada, desinteressado totalmente em todas as jogadas."

"Confesso que não entendi nada... quando o cara dá entrevista dizendo que "o time tem q melhorar, está numa crescente para sair dessa situação e blá blá blá", é burocrático... quando fala o que pensa, é bocudo??? Decida-se, caro "analista futebolístico""

...

Ou seja, como o comentarista não quer ouvir "frases vazias" e nem quer ouvir o que o jogador realmente pensa, só sobraram duas alternativas:

1. O jogador tem que mentir.

2. Os repórteres tem que parar de fazer perguntas que não possam ser respondidas com sinceridade pelos jogadores.

Erros certos ou acertos errados?


"Foram muitos erros. Erros que eu não critico porque pareciam acertos."

O comentarista escreveu este artigo logo após a desclassificação do Palmeiras da Libertadores. No texto ele descreve os erros que, na sua opinião, o Palmeiras cometeu e que acabaram comprometendo os resultados do ano. A primeira coisa que me veio na cabeça foi: lá vem o comentarista, depois que a história está escrita, olhar para o passado e apontar os "culpados"... comportamento tradicional... mas não, na verdade, acabei encontrando algo mais curioso e "inovador".

O comentarista percebeu que os tais "erros" que o Palmeiras cometeu foram também cometidos por quase todos os comentaristas esportivos, incluindo ele próprio. Por exemplo, ele lista a contratação do Borja como um dos erros, mas na época do anúncio ele não apenas aprovou o novo atacante: "Borja deixa o Palmeiras ainda mais favorito", como não poupou elogios ao jogador: "matador com nome de gênio da pintura, Miguel Angel Borja chega ao Palmeiras e eleva o time para um patamar ainda maior". E agora? Como criticar os "erros" cometidos pelo Palmeiras se os mesmos "erros" foram cometidos por ele? O comentarista, que é leitor do Comentarista ao Quadrado, deve ter pensado: como eu faço agora para criticar os "erros" do Palmeiras sem que aquele "comentarista de comentarista" chato escreva me criticando?


A solução encontrada foi, no mínimo, curiosa... ele escreveu: "Foram muitos erros. Erros que eu não critico porque pareciam acertos". Ou seja, ele não vai criticar porque os erros pareciam acertos! Na verdade, ele não vai criticar porque ele também cometeu os mesmos erros!!! Afinal de contas, que história é esta de "erros que pareciam acertos"? Pareciam acertos para quem? Para os comentaristas é claro...


Resumindo: os dirigentes não serão criticados/elogiados por seus erros/acertos e sim por concordarem/descordarem com os donos da verdade absoluta: os comentaristas.


A solução é fazer o que eu critico


"O substituto é Thomaz, um jogador sem currículo algum. Eu não acredito em contos de fadas: jogador de 30 anos que está jogando na Bolívia não é solução para nada."
"Precisa buscar um lateral na segunda divisão, na terceira divisão, na Série XYZW"

Os comentaristas, de modo geral, produzem textos sem a menor coerência... num dia dizem que o técnico é o melhor do mundo e no outro "pedem a cabeça" do mesmo, em um texto elogiam a contratação de alguém e logo em seguida criticam duramente o mesmo jogador. Mudam de opinião com a mesma velocidade que trocam de roupa. Os leitores "que se virem" para entender esta "gangorra" de idéias. Agora, que tal um comentarista que além de tudo, está desesperado porque o seu time está ameaçado na zona de rebaixamento? Podemos esperar tudo... menos coerência, não é mesmo?

Pois é... o comentarista adora criticar os atletas: "sem currículo algum" do São Paulo, afinal de contas segundo ele: "houve a contratação de muito jogador ruim, como Douglas, Denílson, Marcinho, Thomaz e Sidão". Com Thomas ele é sempre especialmente duro: "eu não acredito em contos de fadas, jogador de 30 anos que está jogando na Bolívia não é solução para nada". Ok... em sua opinião jogador tem que ter "currículo", tem que vir de equipe "grande" ou ter sido campeão na base... entendemos...


Mas daí bate o desespero...


Assustado com a situação de seu time, ele critica todo mundo (dirigentes, técnico e comissão técnica) por não resolver o problema da lateral do time. E qual solução o comentarista, que só gosta de jogador de "currículo", propõe? Que um lateral seja buscado: "na segunda divisão, na terceira divisão, na série XYZW", não importa!!! É sério que o comentarista, que acha que jogador da Bolívia não serve, quer que o São Paulo contrate um lateral da QUARTA divisão? Por que? Para ele continuar criticando "jogador sem currículo algum"? Ou agora ele passou a acreditar "em contos de fadas"?


Não sei o que poderia contribuir para São Paulo neste momento, mas uma coisa é certa: criticas "bipolares" não ajudarão em nada...

Vivendo e não aprendendo


"Se treinando pouco está assim, imagine quando voltar."

Em 07/08/17 o comentarista escreveu um artigo onde fez um: "rápido balanço do primeiro turno do Brasileirão". Ele falou sobre o público médio do campeonato, as demissões de técnicos e a má fase do São Paulo, mas o grande destaque (como deveria ser mesmo) foi a excelente campanha do Corinthians. Até aí tudo bem. Então ele avisou: "o segundo turno começa no próximo fim de semana, mas não para o líder, que vai descansar por duas semanas" e completou: "até nisso o time dá sorte, porque terá mais tempo para recuperar jogadores e treinar". Finalmente, no alto de seus 50 anos de experiência futebolística, profetizou o futuro do Corinthians: "se treinando pouco está assim, imagine quando voltar". Será que o comentarista acertou sua previsão?

Não...



Até o final do primeiro turno: 47 pontos em 57 possíveis (aproveitamento de 82,5%).

Depois de duas semanas para "recuperar jogadores e treinar": 3 pontos em 9 possíveis (aproveitamento de 33,3%).

E o futebol ensina mais uma vez porque ele é "uma caixinha de surpresas". Pena que os comentaristas nunca aprendem... nem mesmo os de 67 anos de idade...

Saudosismo excessivo


"Agora todo mundo é obrigado a torcer sentado."

O comentarista saudosista radical atacou novamente! A sua paixão pelo futebol e suas lembranças de infância no interior de São Paulo são extremamente legais e admiráveis... parabéns! No entanto o seu apego exagerado ao passado o faz perder o bom senso e, refém da frase "no meu tempo que era bom", se torna incapaz de perceber as mudanças "para melhor" que, inevitavelmente, aconteceram ao longo dos anos.

Isto já foi tratado, por exemplo, no texto Queima! Queima! onde ele afirma ter saudades de: "pegar uma fila enorme, tomar um ônibus lotado" ou "pegar lugar ruim, ver pouco do jogo". Esquisito... para dizer o mínimo.

No texto de agora, o comentarista resolveu "pegar no pé" dos estádios modernos onde: "todo mundo é obrigado a torcer sentado" e "em nome do conforto, foram diminuídos o número de ingressos".

Primeiro: não consigo entender porque a substituição das arquibancadas de cimento por assentos mais confortáveis nos obriga a torcer sentados. Segundo: será que os estádios estão tão "pequenos" assim? Vejam as capacidades dos maiores estádios do Brasil:

01. Maracanã = 78.838
02. Mané Garrincha = 72.788
03. Morumbi = 72.039
04. Castelão = 63.903
05. Mineirão = 61.846
06. Arruda = 60.044
07. Arena do Grêmio = 55.662
08. Parque do Sabiá = 53.350
09. Albertão = 52.296
10. Beira-Rio = 50.128

11. Fonte Nova = 47.907
...
24. Castelão = 40.149

Os 10 primeiros comportam mais de 50 mil torcedores e os 14 seguintes mais de 40 mil cada. Puxa vida... não está bom? O comentarista tem saudade da época em que "empinhocávamos" 150 mil pessoas no Morumbi ou quase 200 mil no Maracanã? Conforto e segurança prá que, né? Talvez o comentarista também diga: "na minha época" a gente andava de carro sem cinto e criança brincava com álcool... sei lá...



Afinal de contas, por que tanta preocupação com o tamanho do estádio? Porque, segundo o comentarista, com estádios menores, menos pessoas podem frequentá-los e se um garoto que gosta de futebol não vai ao estádio ele: "fica em casa vendo televisão" e aí ele vai preferir "torcer para o Chelsea, Real, Barça".

Isto é uma tolice... por dois motivos:

1. O fato de antigamente termos alguns públicos gigantescos em partidas decisivas, não quer dizer que a média anual de público era maior naquela época. Na verdade, se compararmos as médias históricas de público não veremos grandes variações ao longo do tempo. Devemos lembrar também que os clubes fazem muito mais partidas por ano do que antigamente, ou seja, atualmente mais pessoas assistem partidas nos estádios do que antes.

2. De qualquer forma, o comentarista não espera que os cerca de 160 milhões de torcedores do Brasil assistam frequentemente partidas de seus times nos estádios, não é mesmo? Para se ter uma idéia, para que os torcedores do Flamengo ou do Corinthians pudessem assistir a apenas uma partida por ano (sem repetir nenhum torcedor) seria necessário termos estádios com capacidade para mais de 1 milhão de pessoas!!!

A pedra e a vidraça


"Os colchões que te deixaram dormir em paz sem Oficial de Justiça te enchendo o saco"

O narrador Milton Leite em entrevista ao UOL, ao ser questionado sobre o comentarista Milton Neves, disse: "Tenho restrições pelo jeito com que ele encaminha a carreira. Não é como eu encaminhei a minha. Eu acho que publicidade e jornalismo são coisas que não se misturam. Agora, cada um faz o que acha que tem que fazer.". Normal... é a opinião dele... a frase "cada um faz o que acha que tem de fazer" no final diz tudo. Como o narrador mesmo diz: "seeeeegue o jogo!". Não foi o que pensou o comentarista "alvo" da pergunta do UOL... ele, que realmente se gaba de ser "o Pelé do merchan", partiu para o ataque contra o narrador... e de maneira muito baixa.

O comentarista escreveu um artigo, ironicamente intitulado: "Agradecimento ao ótimo narrador Milton Leite", no qual se auto promove como sendo o grande responsável pelo sucesso do narrador e, principalmente, por ter: "podido resolver o sério problema de ordem familiar" quando o narrador estava "desesperado" porque: "temia problemas judiciais, necessitando urgentemente de dinheiro". Segundo o comentarista, nesta época o narrador também teria recorrido aos: "merchans na Jovem Pan".

Antes de mais nada, temos que ressaltar que teria sido interessante que Milton Leite, em sua resposta ao UOL, tivesse assumido que já teve que fazer publicidade nos "momentos difíceis" da sua vida mas que, apesar disso, ele acha que publicidade e jornalismo não devem ser misturados. Sim, seria uma resposta muito melhor... mas convenhamos: quem será que, vez ou outra, não omite um fato de sua vida o qual não sente orgulho de ter feito? Principalmente se este fato foi feito "em um momento de desespero".

Agora, independente deste fato, o comentarista passou dos limites... afinal de contas, ele é ou não o jornalista "rei das publicidades" no Brasil? Ele faz isso porque quer ou faz porque está "desesperado" também? O narrador não pode ser contra a associação jornalismo-propaganda hoje apenas porque no passado ele também fez propaganda? Ou ele não pode ser contra a publicidade porque no passado ele foi ajudado pelo "rei da propaganda"? O narrador não disse que misturar publicidade e jornalismo é crime apenas deu sua opinião... ele foi bem claro: "cada um faz o que acha que tem que fazer".

O mais importante: o comentarista, diariamente, dá a sua opinião sobre todos... jogadores, técnicos, dirigentes, políticos, ... ninguém está "a salvo". Durante a sua carreira o comentarista já deve ter "palpitado" sobre a vida de milhares de pessoas, porém não aceita que outras pessoas façam o mesmo sobre ele? O comentarista pode falar o que quiser, de quem ele quiser, mas para outra pessoa falar dele tem que primeiro pedir autorização? Ser pedra é fácil... o difícil é ser vidraça.



O comentarista escreve no final de seu texto: "Nunca mais cuspa no prato em que gulosamente comeu".

É muita presunção e deselegância...

É muuuita incompetência mesmo!


"É muita incompetência"

É sempre a mesma lengalenga... para o comentarista todas as pessoas envolvidas com futebol no Brasil são "incompetentes". Jogadores, juízes, técnicos e, principalmente, dirigentes. Segundo o comentarista: "é muita incompetência"! Só uma "categoria" se salva... adivinhem... os comentaristas é claro! Um "oásis" de competência no "deserto" da incompetência nacional... só que não!

Para ilustrar a incompetência dos dirigentes o comentarista cita 4 contratações mal sucedidas dos clubes paulistas: Felipe Melo (Palmeiras), Cícero (São Paulo), Kazim (Corinthians) e Leandro Donizete (Santos). Se 4 erros mostram a "incompetência" dos dirigentes brasileiros, o que dizer de centenas de erros dos comentaristas?


Veja aqui: https://comentarista2.blogspot.com.br/

Pior ainda... como devemos chamar o comentarista que cometeu, pelo menos, 40 erros em um ano e meio?

Veja aqui: https://comentarista2.blogspot.com.br/search/label/Blog%20do%20Menon

É muuuita incompetência mesmo!