Cartola FC vs Realidade FC


"Maicon? Prioridade do São Paulo deveria ser Calleri"

Neste artigo, o comentarista questiona a importância que o São Paulo está dando para a contratação do zagueiro Maicon (leia mais sobre este assunto em: Por que tanta luta para depreciar Maicon?). Na sua opinião, o clube está errado, pois a: "prioridade do São Paulo deveria ser Calleri", o atacante argentino. Ele escreve que: "tanto esportivamente quanto comercialmente, seria mais inteligente lutar para manter o atacante Calleri". E acrescenta que Calleri é: "mais novo e, comparativamente à posição de cada um, melhor jogador".

O comentarista comete alguns "deslizes" em sua análise, vamos a eles:


1. Técnica


Temos que concordar que tanto Maicon quanto Calleri são excelentes jogadores, que estão tendo um ótimo ano (até agora) e que ambos estão entre os (digamos) 5 melhores jogadores em atividade no Brasil, nas suas respectivas posições. Agora... afirmar, com certeza, que Calleri é melhor como centroavante do que o Maicon é como zagueiro.... é uma dose e tanto de "achismo". É a velha história de comparar maçãs com laranjas. Ainda mais agora que, depois de tanto tempo, o São Paulo conseguiu "acertar" a sua defesa e, por outro lado, não está tendo o "ataque dos sonhos" nem do mais fanático torcedor.


2. Pacote completo


Com todo o respeito à grande vontade e raça do atacante Calleri... além disso tudo, Maicon tem dedicação fora do campo, tem experiência maior, é mais disciplinado durante a partida, ajuda o desenvolvimento dos mais novos, tem um "apelo" maior junto à torcida, enfim... "vem com mais acessórios".


3. Desejo


Maicon deseja permanecer no São Paulo. Além de ter tido uma saída muito conturbada do Porto, não poupa elogios ao clube atual e tem sido parte ativa e importantíssima nas negociações entre São Paulo e Porto. Aí cabe uma pergunta vital: o mesmo acontece com o Calleri? Aparentemente não... o desejo do atacante sempre foi e ainda é: jogar na Europa, e por mais que esteja gostando do time atual, nunca demonstrou nenhuma vontade de, como Maicon, "comprar uma briga" para permanecer onde está.


4. Preço


Chegamos enfim ao ponto principal: o comentarista sabe qual a quantia financeira envolvida na negociação de cada um dos jogadores? Calleri é mais jovem (como o comentarista lembrou) além de ser atacante, por estas razões tem um valor de mercado muito maior. É muito simples dizer: "melhor comprar o fulano", como se vivêssemos em um mundo "Cartola FC", sem ter em mãos os dados financeiros envolvidos na operação. No mundo real, os contratos de jogadores tem preços, que variam muito (muito mesmo) e não podemos esquecer da situação financeira lamentável dos clubes e do Brasil, de modo geral.

Deixe os gigantes em paz


"Maradona é maior que o gigante Messi"

O comentarista entra na "onda" de querer responder à pergunta: Quem é melhor, Maradona ou Messi? Se aproveita do fato da Argentina acabar de perder, na disputa de pênaltis, a final da Copa América, para "eleger" Maradona o melhor (não sem antes encher Messi de elogios) com a justificativa que: "vencer títulos com a seleção nacional é importante na hora de decidir quem é melhor".

Afinal de contas, quem é melhor, Maradona ou Messi?

Pergunta besta, sem importância, sem sentido, simples perda de tempo... é o mesmo que tentar responder: quem foi melhor: Newton ou Einstein? Mozart ou Beethoven? Steve Jobs ou Bill Gates? É lógico que os maiores expoentes em cada área podem ser comparados: quais eram as características mais fortes de cada um? Quais os seus pontos fracos? O que eles conquistaram? Onde eles falharam? Agora... ter a pretensão de eleger "O MELHOR", aí é demais.

Vejam só quantos problemas adicionais:

1. 19xx vs 20xx

Um jogou futebol nos anos 70-90, o outro começou a jogar nos anos 2000 e joga até hoje. O futebol mudou muito nestes 30 anos... os campeonatos são diferentes, a competitividade é diferente, as premiações são diferentes... tudo é diferente.

2. Individual vs Coletivo

O futebol é um esporte coletivo. Já é difícil (senão impossível) eleger "o melhor" em um esporte individual, como então fazê-lo, com precisão, em um esporte coletivo? A ação individual de cada um dos 22 jogadores em campo (sem contar as ações dos árbitros, é claro) influenciam diretamente a performance de todos, então como separar quanto cada jogador foi individualmente bom/ruim do quanto ele foi ajudado/atrapalhado pelos demais? Isoladamente, o simples fato de alguém jogar no time vencedor não o faz melhor do que um jogador do time perdedor.

3. Clube vs Seleção

O motivo maior da escolha do comentarista por Maradona foi a "importância" de vencer títulos com a seleção nacional. Quanto importante é este fator? Este raciocínio "vago" nos levaria a concluir, por exemplo, que Roque Júnior (campeão da Copa do Mundo em 2002 e da Copa das Confederações em 2005) foi melhor que Zico! Pior ainda, na realidade, a comparação entre Maradona e Messi neste quesito, não é exatamente tão favorável ao Maradona como o comentarista nos quer fazer acreditar:

Maradona

Campeão do Mundial Sub-20 - 1979
Campeão da Copa do Mundo - 1986
Vice-campeão da Copa do Mundo - 1990

Messi

Campeão do Mundial Sub-20 - 2005
Vice-campeão da Copa América - 2007
Campeão dos Jogos Olímpicos - 2008
Vice-campeão da Copa do Mundo - 2014
Vice-campeão da Copa América - 2015
Vice-campeão da Copa América - 2016

Comentarista bipolar (parte 2)



"Quem pode impedir o eneacampeonato do Palmeiras?"


"Será que foi apenas fogo de palha? Cavalo paraguaio?"

Já escrevi sobre este "comportamento" do comentarista no artigo Comentarista bipolar. Naquela oportunidade ele mudou radicalmente sua opinião sobre o São Paulo em apenas 11 dias, mas agora ele realmente se superou: 4 dias! Será que existe "recorde mundial" para isto?

21/06/16 - Palmeiras 2 x 0 América

Com a vitória por 2 gols, em casa, sobre o último colocado do campeonato, o comentarista ficou eufórico: "que noite mágica para o palmeirense!". A liderança com 2 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, faltando ainda 84 pontos a serem disputados, foi assim descrita: "o palestrino viu também seu Verdão disparar na liderança do Brasileirão!". Só elogios e superlativos: "belíssimo triunfo alviverde" e "é incrível como a equipe tem voado nas últimas partidas". Para enfim encerrar em seu auge: "quem pode impedir o eneacampeonato do Palmeiras?".

25/06/16 - Cruzeiro 2 x 1 Palmeiras

4 dias depois, bastou uma derrota por 1 gol de diferença, fora de casa, para o comentarista virar um "poço" de pessimismo: "pois é... acabou a boa sequência do Palmeiras no Brasileirão, que pode perder a liderança do campeonato nesta rodada". Ué... mas o comentarista não falou que o Palmeiras tinha "disparado" na frente? Em seguida já cria a polêmica: "Será que foi apenas fogo de palha? Cavalo paraguaio?".

Tudo errado... tanto a euforia de antes, quanto o pessimismo de depois. Torcedores volúveis, que uma hora acham que seu time é o Barcelona e noutra acham que meio time deve ser vendido, já temos aos montes, não precisamos de comentaristas para fazer esta função. Queremos comentaristas que saibam avaliar corretamente os times, dando mérito àquelas que, como o Palmeiras, tem boas chances de conquistar o campeonato, sem alternar entre "já ganhou" e "fogo de palha", à cada semana.

Eu omito, mas não minto!


"Já imaginou se o Santos tivesse desistido do Rei por causa disso?"

Neste artigo o comentarista faz polêmica sobre a decisão do São Paulo de desistir da contratação do jogador Getterson, do J. Malucelli do Paraná, após ter conhecimento das mensagens postadas por ele em sua conta no Twitter. O comentarista pergunta: "o São Paulo acertou em desistir da contratação do atacante corintiano?". A opinião do comentarista fica clara quando ele escreve: "e se o Corinthians tivesse desistido do palmeirense Rivelino? Ou do santista Sócrates? Ou do são-paulino Casagrande? Ou do palmeirense Viola? E se o São Paulo tivesse desistido do colorado Rogério Ceni? E se o Palmeiras tivesse desistido do santista Evair? E se o Santos tivesse desistido do palmeirense Neymar?", ou seja, ele é contra a decisão tomada pela direção do São Paulo.

A opinião do comentarista com relação à atitude da diretoria do clube, não é o mais importante, na verdade, o que realmente interessa são as três falhas cometidos pelo comentarista em seu texto. Vamos a elas:

1. Por que?

O comentarista omite a verdade ao declarar o motivo do São Paulo ter cancelado a contratação. Ele diz que a desistência aconteceu: "pelo fato de terem achado seu perfil na rede social Twitter, onde o atleta se declarava... corintiano!". A questão está longe de ser tão simples assim.

O jogador realmente afirma ser corintiano:

"meu sonho é jogar no corinthians meu time do coração"

Mas não é só isso... ele mostra falta de respeito com o São Paulo:

"agora joguinho dos bambis kkkk"

Falta de vontade nos treinos:

"eu ainda não acredito que hoje vai ter treino sinceramente"

Falta de interesse:

"agora de tarde treino de posicionamento, treino chato"

Falta de consideração com o treinador:

"fiquei feliz em ter saído do time titular, agora jogo do jeito que eu sei"

E, pior de tudo, ao ser questionado sobre sua participação em redes sociais, mentiu dizendo que não tinha nada.

2. Quem?

Com todo o respeito ao Getterson e à sua luta para conquistar seu espaço jogando futebol... é até um insulto comparar ídolos como Sócrates (Corinthians), Rogério Ceni (São Paulo), Evair (Palmeiras) e Neymar (Santos) com Getterson que, com 25 anos, já trocou de time 15 vezes: PSTC-PR (2008), Internacional-RS (2009), Corinthians-AL (2009), Coritiba-PR (2010), Oeste-SP (2011), Coritiba-PR (2011), Cincão-PR (2012), PSTC-PR (2012), Toledo-PR (2013), J. Malucelli-PR (2013), Cascavel-PR (2013), J. Malucelli-PR (2014), Boa Esporte-MG (2014), J. Malucelli-PR (2015), Volta Redonda-RJ (2015) e J. Malucelli-PR (2016).

3. Quando?

O comentarista precisa considerar que ele não é mais locutor da Rádio Continental no final dos anos 60. Os tempos mudaram... o futebol é um negócio milionário! Os jogadores dos times "grandes" tem salários de centenas de milhares de reais e são negociados por, até mesmo, centenas de milhões! A imagem do jogador em todas as mídias (redes sociais incluídas) é uma parte essencial e delicada na complicada engrenagem deste negócio.

Antes de mais nada, é dever do comentarista levantar todos os pontos importantes envolvidos na história, para que os leitores possam estar devidamente informados antes de tomar algum partido nessa, sem dúvida, triste história.

Queima! Queima!


"Transformar o esporte mais popular do mundo em uma agradável tertúlia"

Antes de mais nada, para aqueles que (como eu) também não sabem o que significa "tertúlla", segue a definição da palavra (um pouco de conhecimento é sempre bom):

tertúlia

1. Reunião familiar
2. Assembléia literária
3. Agrupamento de amigos

Neste texto o comentarista reclama com veemência da ação planejada por São Paulo e Santos, para a partida entre os dois times, a ser disputada no próximo domingo. A ideia, para promover a paz no futebol, é que as duas equipes cheguem juntas, no mesmo ônibus, ao estádio. A opinião do comentarista fica clara no início de seu texto: "ÓDIO AO FUTEBOL MODERNO é o que eu consigo sentir quando leio que São Paulo e Santos vão juntos ao Pacaembu", ele acha que ações como esta vão: "transformar o esporte mais popular do mundo em uma agradável tertúlia" (agrupamento de amigos).

Chegou a hora da pergunta: e qual o problema?

Ele explica: "Não pode ser. Jogador precisa entrar em campo com vontade de destruir o rival. Futebolisticamente falando, é claro".

Destruir o rival?!? Fair play então... nem pensar, né?

Não é a primeira vez que o comentarista mostra seu saudosismo exagerado, sua dificuldade em se adaptar com as novidades do mundo moderno, preferindo continuar sofrendo dos males do passado, usando a tradicional desculpa: "no meu tempo que era bom", muito comum entre os velhos, alguns de idade e alguns de espírito. Já tratei deste assunto no texto "A gente somos inútil (sic)"... mas vejam só o que ele escreveu no texto "Vão matar o futebol brasileiro": "tenho saudade de pegar uma fila enorme, tomar um ônibus lotado, pegar fila para o ingresso, pegar fila para pagar vintão em um pernil que assustaria os gourmets, pegar fila para entrar no estádio, pegar lugar ruim, ver pouco do jogo e ser auxiliado pelo meu narrador e meu repórter preferido". Que delícia! Enfrentar fila, fila e mais fila, pagar para ver o jogo e ficar ouvindo no rádio, sofrer como um cão o dia inteiro e terminar em um pronto socorro com uma intoxicação alimentar! Isto sim é que é vida!

Já imaginou se todos os seres humanos pensassem desta maneira? Estaríamos ainda vivendo nas cavernas, os jogadores chutariam pedras e os perdedores seriam mortos em sacrifício aos Deuses do futebol.

E os comentaristas ruins? Provavelmente seria massacrados pela fúria dos torcedores com suas rudimentares clavas e tochas...

Quem foi tonto mesmo?


"Tonto também foi Muricy Ramalho"

Neste texto, o comentarista escreve sobre Dunga, Tite e seleção brasileira. Fala bem do novo treinador e defende "com unhas e dentes" a decisão de Tite de aceitar o novo desafio. Na tentativa de provar que está certo em apoiar a escolha do treinador, o comentarista cita Muricy, que em 2010 foi convidado para ser o técnico da seleção mas recusou. Escreve: "tonto também foi Muricy Ramalho".

Acho o fato de se chamar um técnico de 60 anos, campeão da Copa Libertadores, quatro vezes campeão do Campeonato Brasileiro e sete vezes campeão de torneios regionais (entre outros títulos) de "tonto", algo muito grosseiro:

Tonto
1. Quem tem dificuldades no raciocínio ou enfraquecimento das faculdades intelectuais
2. Quem perdeu a razão ou apresenta distúrbios mentais

Mas isto não é o pior... o suposto "motivo" que levou Muricy a tomar sua decisão, o comentarista diz que ouviu: "de um simplório assessor do atualmente afastado treinador". Não seria melhor ter perguntado a ele? Em seguida o comentarista escreve que além do alto salário, Muricy teria "dezenas e dezenas de contratos publicitários pré-Copa e durante o Mundial" e que como resultado da sua recusa: "Mano ganhou o cargo, mas Felipão ficou com tudo", ué... não entendi a lógica... o Muricy recusou, o Mano entrou em seu lugar, mas quem ficou com tudo foi o Felipão? Que confusão é esta? Então quem garante que se o Muricy tivesse aceitado ele não seria trocado também pelo Felipão? Ou até mesmo pelo Mano?

Aí vem o ponto culminante... o comentarista descreve "melhor" o que o Felipão ganhou com a seleção: "contratão, copa fácil de ganhar em casa, garoto-propaganda de mil marcas, gorda indenização e o fantástico e histórico 7 a 1 da Alemanha como doído troco que apagou 2002 de seu currículo".

Hããã?!? Será que eu li direito? Acho que estou ficando "tonto"... o "pacotão" incluiu uma "copa fácil de ganhar em casa"?!? Imagina se fosse difícil! E como troco, uma goleada histórica, que jamais vai ser esquecida e que, segundo o comentarista, apagou para sempre o título mundial de 2002 do técnico. Estes argumentos, pasmem, foram escritos pela própria pessoa que chamou Muricy de "tonto" por não aceitar este "futuro tentador".

Muricy deve ler tudo isso e se perguntar: quem foi tonto mesmo?

Quem são os culpados?


"mais um gol contra da torcida do Palmeiras"


"castigar a burrice dos que acenderam o artefato"

O jogo Coritiba x Palmeiras, válido pelo Campeonato Brasileiro, estava sendo disputado em Coritiba, Palmeiras vencia o por 2 a 1 quando, aos 43 minutos do segundo tempo, torcedores do Palmeiras acenderam sinalizadores no estádio, o que obrigou o juiz a paralisar a partida. O jogo recomeçou e foram acrescidos 6 minutos no tempo do mesmo. Algo errado com este tempo? Nada... os 2 minutos que faltavam do tempo regulamentar mais 4 minutos de acréscimo "normais" de uma partida de futebol. Mas o futebol é cheio de "sortilégios" e o Coritiba conseguiu, aos 49 minutos do segundo tempo, o gol do empate.

Pronto... temos o cenário perfeito para os comentaristas apontarem um culpado: os sinalizadores! Segundo os comentaristas, se os sinalizadores não fossem acessos o juiz não daria 6 minutos de acréscimo e o Curitiba não empataria a partida. Bobagem... o acréscimo extra dado pelo árbitro por conta dos sinalizadores apenas substitui o tempo que não foi jogado porque o jogo estava parado, assim mesmo, todos nós sabemos que o tempo perdido durante as partidas, nunca é adequadamente acrescentado no final da mesma. De qualquer forma, o gol aconteceu aos 49 minutos, ou seja, tempo absolutamente dentro da média normal de acréscimo das partidas.


É importante que fique claro um ponto muito importante: o uso dos sinalizadores é proibido nos estádios e, por esta razão, não deve ser utilizado pelas torcidas em hipótese nenhuma. Seu uso não deve ser tolerado pelo árbitro da partida e muito menos pelas autoridades do estádio. Os infratores devem ser punidos de acordo com a lei. Dito isso, é inaceitável que "especialistas" do esporte, formadores de opinião, corroborem com esta versão colocando a culpa pelo empate exclusivamente na torcida, ignorando os verdadeiros "culpados" pelo resultado final da partida:


1. A falha/desatenção do Palmeiras.
2. O esforço do Coritiba nos minutos finais.
3. O erro do árbitro (uma vez que houve impedimento no gol de empate).

Uma virada de 360 graus (sic)


"O que esperar e não esperar da seleção de Tite"

Assim que foi anunciado que Tite seria o substituto de Dunga no comando da seleção brasileira, em meio à euforia de todos, o comentarista escreveu este texto listando: "o que esperar e (o que) não esperar da seleção de Tite", vamos à lista do comentarista...

O que esperar:


"1. Disciplina tática

2. Padrão de jogo e time definido
3. Homens de confiança
4. Teimosia
5. Marcação eficiente"

O que não esperar:


"1. Aposta em jovens

2. Mudanças estratégicas
3. Variação tática nos primeiros meses"

Esta lista é EXATAMENTE a descrição das características do Dunga! Será que o Dunga não fez o que se esperava dele ou o Tite vem para fazer a mesma coisa que o Dunga já fazia? Não sei o que esperar! Vamos esperar...



Regra 18: o juiz deve, ou não, cumprir as regras


"Exceções são proibidas pela frieza dos regulamento"

No final deste texto, que fala sobre o jogo São Paulo 2 x 0 Vitória, o comentarista conta que após o primeiro gol do São Paulo: "Calleri comemorou tirando a camisa para mostrar a foto do amigo morto na semana passada estampada na camiseta que vestia por baixo". Obviamente concordo com o comentarista quando ele diz que foi: "uma bela homenagem", porém discordo totalmente da crítica que ele faz ao árbitro do jogo que mostrou o cartão amarelo ao jogador por ter tirado a camisa do clube. Ele reclama do juiz que, aplicou corretamente a regra do jogo, dizendo ironicamente que: "você sabe, exceções são proibidas pela frieza dos regulamentos".

Isso... exatamente, isso. Não devemos ter exceções ao regulamento, principalmente exceções que ficam por conta da "interpretação do árbitro". O comentarista "de vez em sempre" flerta com uma perigosa "desobediência" à lei quando o que a lei determina não for o justo (veja os textos "Justo é o que eu acho que deve ser" e "Justo é o que eu acho que deve ser 2"). Simplesmente não dá para ser assim... o árbitro seria obrigado a saber da vida privada de cada jogador? Como ele determinaria se a emoção envolvida é "forte" o suficiente para permitir a retirada da camisa? E as outras regras, podem sofrer exceções também? Não cabe ao juiz descumprir a regra e sim ao jogador assumir o ônus do descumprimento da mesma (que foi o caso do Calleri) ou encontrar outras formas criativas de homenagem que não desrespeitem o regulamento.

O mundo não liga para mim...


"O mundo nem liga mais para a seleção brasileira"

Após a derrota do Brasil para o Peru, que eliminou a seleção brasileira da Copa América, o comentarista escreveu: "imaginei que passaria a segunda-feira atendendo jornalistas estrangeiros querendo entender o novo fiasco da seleção brasileira". Para surpresa do comentarista: "nenhum correspondente de veículos estrangeiros no Brasil telefonou". Como ninguém procurou o comentarista, ele mesmo ligou para os jornalistas e ouviu que: "ninguém se surpreendeu com a eliminação". Desta forma, concluiu: "o mundo nem liga mais para a seleção brasileira".

Dois pontos para reflexão:

1. "Não se surpreender com a eliminação" é um pouco diferente de "não ligar mais para a seleção". A diferença é sutil, mas ela existe.

2. Não acho que seja realmente o caso... mas o comentarista deve considerar a possibilidade de também fazer parte do problema, ou seja, ele pode não ter passado o dia atendendo jornalistas estrangeiros porque talvez os jornalistas dos outros países também "não ligam" mais, tanto assim, para o comentarista. Será que eles não procuraram outras fontes de informação? Sei lá... se a "toda poderosa" pentacampeã seleção brasileira está perdendo prestígio, por que não pode estar acontecendo o mesmo com o comentarista?

Em tempo: para mim ninguém ligou também :-)

Ele é tão ruim... tão ruim... que eu até contrataria!


"Dunga não é treinador"


"Acho que o São Paulo poderia dar uma chance ao Dunga"

Logo após a eliminação da seleção brasileira da Copa América, o comentarista escreveu um texto "pedindo a cabeça" do técnico brasileiro: "Dunga precisa sair urgente". Suas críticas foram muito duras: "Dunga não é treinador. Temos bons jogadores e não temos técnico", escreve com aquela "certeza absoluta" que só os comentaristas tem: "Isto é fato. Só não enxerga quem não quer". Até aí nada de surpreendente, afinal a grande maioria dos comentaristas queriam a saída do treinador e, além disso, não é de hoje que o comentarista deixa bem claro sua opinião sobre o Dunga. Vejam algumas frases retiradas de outros textos do comentarista:

"Temos um técnico brasileiro extremamente limitado"


"Os gênios que dirigem o futebol brasileiro trouxeram Dunga de volta"


"Temos uma seleção com jogadores razoáveis e um treinador muito fraco"


"É um treinador de esquema único e teimoso"

"Não acredito no Dunga como treinador"


"Acho o cara tremendamente arrogante e separatista e se julga supra-sumo"


"Acho o treinador extremamente limitado e bem distante daquilo que ele julga ser"



"Dunga está entre os 10 piores treinadores do futebol do Brasil"

Podemos concordar, podemos discordar, podemos achar que existe exagero em algumas frases, como por exemplo dizer que: "Dunga está entre os 10 piores treinadores do Brasil", principalmente quando lembramos que existem quase 1000 times profissionais no Brasil... enfim, uma coisa porém temos que admitir: o comentarista realmente detesta o Dunga como treinador, certo? Jamais o recomendaria para nenhuma equipe, correto?

Só que não...

Em um texto de 2012 ele escreveu: "acho que o São Paulo, que gosta de inovar e ser diferente, poderia dar uma chance ao Dunga" e ainda acrescentou: "seu estilo pode casar com o clube do Morumbi". Qual estilo será que ele se refere? "Arrogante e separatista"? No final deste texto ele afirma: "se eu fosse dirigente do tricolor convidaria Dunga". Quer dizer que o comentarista convidaria um técnico que ele considera muito fraco, limitado, de esquema único, teimoso, arrogante, separatista, que se julga supra-sumo apesar de estar entre os 10 piores treinadores do Brasil, para ser técnico do clube que dirige?!? Vai entender...


Queijo suíço sem o queijo


"sua defesa é um queijo suíço"

O comentarista fez este texto para comentar dois jogos da Copa América: Venezuela 1 x 0 Uruguai e México 2 x 0 Jamaica. Ao falar sobre a: "vitória mexicana por 2 a 0, a décima em 10 jogos com Juan Carlos Osório", ele disse que: "o placar moral da partida foi 6 a 5 para a Jamaica", porque, como se pode imaginar, os dois times perderam inúmeras chances de gol (principalmente a Jamaica). Diante deste cenário, o comentarista, não perdeu a sua chance e soltou esta "pérola": "o que mostrou que o México não é tão bom como pareceu na estréia, porque sua defesa é um queijo suíço, apesar de ter tomado apenas um gol, o do Uruguai, nos 10 jogos".

Vamos tentar entender...


O México: "não é tão bom" porém ganhou os últimos 10 jogos? Uhm...


A defesa: "é um queijo suíço" mas levou apenas 1 gol em 10 jogos? Hã?!?


Com esta lógica, como devemos chamar a defesa do time que foi desclassificado na primeira fase, perdeu do Peru e levou gol do Haiti?

Conta de padeiro


"As dificuldades de Cuca no Palmeiras"

O comentarista escreve neste texto sobre: "as dificuldades de Cuca no Palmeiras", que apesar de estar entre os quatro primeiros do Campeonato Brasileiro, terá problemas caso Alecsandro seja suspenso. Na sua opinião, neste caso, o treinador deve pedir: "um centroavante para revezar-se no ataque com Barrios, Gabriel Jesus, Roger Guedes e Dudu", ou não terá condições de: "brigar pelas taças".

Vejam só que ironia... justamente o Palmeiras, que com o dinheiro emprestado pelo presidente milionário, é a equipe que mais contratou nos últimos anos e que tem o maior e mais caro elenco do futebol brasileiro, não pode perder uma de suas peças ou perderá também as chances de ser campeão. Se o Palmeiras que, além de Alecsandro tem Barrios, Gabriel Jesus, Roger Guedes, Dudu, Cristaldo, Erik, Rafael Marques, Mouche e mais os atacantes da base, não tem "peça de reposição", imaginem então a situação das outras equipes com elencos extremamente mais "modestos"!


Apesar do comentarista afirmar que Paulo Nobre: "prometeu ser o presidente das contas sem dívidas", ele garante que a contratação de mais um atacante não impedirá de ter: "as contas zeradas no fim do ano". Você pode estar se perguntando: como ele tem todas as informações financeiras e contábeis para concluir isto? Não faço a menor ideia, também gostaria de saber...

É burrice!


"Cera é burrice!"

Neste texto o comentarista defende que, no futebol atual, fazer: "cera é burrice". Segundo ele, antigamente valia a pena fazer cera porque: "o árbitro, pressionado, apitava o fim do jogo, sem descontos (sic)", hoje depois da mudança da regra que obriga o juiz a informar o tempo de acréscimo, esta estratégia não compensa mais. Ele inclusive provoca o leitor: "vocês têm notado como tanto vem acontecendo gols no tempo de prorrogação?".

Na verdade "asneira" é o que disse o comentarista.


Em determinadas situações, a "cera" é uma tática muito útil e eficiente, que já ajudou muito e contribui até hoje para que vários times consigam atingir o resultado desejado. Vamos a alguns pontos importantes sobre o assunto:


1. Esta história dos gols estarem acontecendo no final das partidas é meramente "efeito psicológico" e falácia. Não existe nenhum estudo que mostre que os gols estejam, de fato, acontecendo em maior número próximo do apito final, muito menos se estes gols no final dos jogos acontecem, mais ou menos, nas partidas em que uma das equipes fez cera durante a partida.


2. Ainda que o juiz tenha que, por exigência da regra, informar o tempo a ser acrescido no final, normalmente o árbitro não acrescenta o tempo necessário para compensar todo o tempo perdido devido à cera. Sem contar as substituições... jogadores sentem contusões e recebem atendimentos demorados, faltas, tiros de meta, escanteios e laterais são cobrados lentamente, uma demora sem fim para tudo e no final... 3 minutos de acréscimo!


3. Independente do árbitro recuperar ou não o tempo desperdiçado, até mesmo se no futebol o cronômetro fosse desligado quando o jogo estivesse paralisado (como no basquetebol) ou então se nem existisse tempo (como no voleibol ou no futebol de rua: 5 vira, 10 acaba), a cera, ainda assim, teria um objetivo muito importante: Dar um tempo! Sim... acalmar os ânimos, "esfriar" o jogo, segurar o ímpeto, quebrar o ritmo, enfim... pelo mesmo motivo que os técnicos de basquetebol e voleibol (que não precisam se preocupar com o tempo de jogo) muitas vezes fazem os "pedidos de tempo" durante as partidas e especialmente no final das mesmas. Lembrando que o recurso do "tempo" não existe nas regras do futebol.

Nivelados por baixo


"Brasileirão nivelado pela média"

O comentarista dá a impressão que, aparentemente, a "lógica" não é seu ponto forte (já escrevi à respeito no artigo "Comentaristas produzem mais textos sem sentido do que somos capazes de ler"). Neste texto, ele inicia com uma afirmação: "Brasileirão nivelado pela média. Não por baixo". Vamos analisar a frase por partes...

"Brasileirão nivelado ..."

Um campeonato está nivelado, quando ele está "parelho", ou seja, existem poucas diferenças entre os times. Assim, de modo geral, não existem times muito melhores do que os outros e, da mesma forma, também não existem times muito piores.

O que você acha?


O Campeonato Brasileiro está nivelado?

[ ] Sim
[ ] Não

O que o comentarista acha?

Ele acha que está nivelado, porque existem apenas "quatro pontos de diferença entre o líder e o quarto colocado".

Mas na verdade...

Pode até ser que o campeonato esteja mesmo nivelado, mas em um torneio com 20 times, é exagero fazer esta afirmação analisando apenas a pontuação dos 4 primeiros colocados. É necessária uma análise mais apurada, envolvendo mais equipes.

"... pela média. Não por baixo"

Vamos imaginar que o Campeonato Brasileiro esteja realmente nivelado, os times pode estar igualados (nivelados) porque as equipes "piores" melhoraram (times nivelados por cima), porque as equipes "melhores" pioraram (times nivelados por baixo) ou porque as duas coisas aconteceram ao mesmo tempo (times nivelados pela média).


O que você acha?

Por que o Campeonato Brasileiro está nivelado?
[ ] Porque as equipes "piores" melhoraram (nivelado por cima)
[ ] Porque as equipes "melhores" pioraram (nivelado por baixo)
[ ] Porque as duas coisas aconteceram (nivelado pela média)

O que o comentarista acha?

Ele acha que está nivelado pela média (as equipes "melhores" pioraram e as equipes "piores" melhoraram), porque ao comparar com o campeonato de 2014, onde: "o Internacional liderava com 11 pontos, Cruzeiro Grêmio e Goiás dividiam a vice liderança com 10 pontos", ele observa que no torneio deste ano: "os três líderes tem 13 pontos", o que o faz concluir que: "o nivelamento atual não é por baixo, mas duas casas acima".

Na verdade...

1. Não é nada simples afirmar se os times "melhores" pioraram ou se foram os times "piores" que melhoraram apenas olhando a pontuação dos mesmos na tabela.

2. De novo, em um campeonato com 20 equipes, fazer uma análise deste tipo apenas olhando a pontuação de 3 ou 4 times é, no mínimo, muita pretensão.

3. O mais importante: esquecendo os dois items anteriores, se tivermos que concluir algo a partir da informação dada (que em 2014 os líderes tinham 11 e 10 pontos e agora tem 13), o máximo que podemos afirmar é que o campeonato atual está MENOS nivelado, já que a distância entre eles e as demais equipes aumentou.

Concluindo: a análise do comentarista está "sem pé, nem cabeça". Estariam os comentaristas "nivelados por baixo"?