Permissão para errar


"A arbitragem permite puxões e empurrões naquele setor do campo"

Tivemos no último lance da decisiva partida Grêmio 1 x 0 Lanús, pela Copa Libertadores, uma grande polêmica: o árbitro não assinalou falta no empurrão sofrido pelo jogador Jael dentro da área. O juiz errou? A resposta, na opinião de todos os "especialistas", é sim... o árbitro errou ao não marcar a penalidade máxima a favor do Grêmio. Todos, menos um... o comentarista escreveu em seu artigo que o árbitro agiu corretamente no lance e, desta forma, acabou cometendo um erro maior do que o do juiz, já que, ao contrário do mesmo, ele teve tempo suficiente para analisar com calma o lance. Porém, tão ruim quanto o erro, é a justificativa para a não marcação do pênalti...

O comentarista não tem dúvidas que o jogador foi empurrado dentro da área e escreveu: "Jael foi empurrado na área, reitero: aconteceu a falta, dentro da área, no centroavante". Espera aí... se aconteceu a falta dentro da área então por que o pênalti não deveria ter sido assinalado?




Segundo o comentarista: "quem foi ao gramado cumprir as regras adotou o critério tradicional do futebol" que, acredite: "permite puxões e empurrões naquele setor do campo" (dentro da área). Tolice! Não existe nenhuma "permissão para puxões e empurrões" dentro da área... o que existe, normalmente, é uma tolerância maior com o contato físico de modo a evitar a marcação de faltas duvidosas. Neste caso, como o próprio comentarista afirma, não existe a menor dúvida que o jogador do Grêmio foi empurrado. O empurrão foi muito acintoso. Pênalti claro! E olha que o juiz poderia ter solicitado ajuda do árbitro de vídeo.

Erro do juiz.
Erro pior do comentarista.

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