Jornalismo x Fofoquismo


"Técnicos de futebol querem dar aulas de jornalismo"

Em artigo de 26/04/17 o comentarista fez acusações graves ao técnico do Palmeiras... disse que "um passarinho contou", além de outras coisas, que o diretor do Palmeiras Alexandre Mattos contratou o treinador por ele ser "maleável". Isto deixou Eduardo Batista furioso, o que o levou ao desabafo após a partida Peñarol 2 x 3 Palmeiras, onde disse que as afirmações do comentarista são mentiras e desafiou o mesmo a revelar a fonte do que ele chamou de "fofoca". Você acha que o comentarista pediu desculpas ou tentou se explicar, colocar "panos quentes" ou algo assim? Não... o comentarista, além de não assumir o seu erro em divulgar informações que, provavelmente, nunca serão comprovadas, ainda arrumou um jeito (bem arrogante) de "se esquivar" do assunto...

O comentarista "saiu pela esquerda" dizendo que: "a Constituição Federal garante o sigilo da fonte"... que lindo! Vamos então imaginar que um jornalista (com centenas de milhares de seguidores) escrevesse algo assim, sobre o comentarista:


"Juca Kfouri divulgou uma notícia falsa sobre o Eduardo Batista. A pessoa que lhe passou a informação falsa, tem interesse na demissão do treinador do Palmeiras e escolheu o jornalista para esta tarefa exatamente por ele ser maleável. Desnecessário dizer que a informação só é confirmada por fontes que não querem ser reveladas."


E aí? O que será que o comentarista acharia disto? Será que ficaria nervoso? Ou encararia "numa boa"? Será que acharia normal? Afinal de contas, "jornalismo" é assim mesmo...


Pois é... a gente sabe bem como ele se sentiria, não é mesmo?


Em tempo: o comentarista dá "aula de jornalismo" a Eduardo Batista sobre o "sigilo da fonte", mas quando escreveu o seu primeiro texto, de maneira muito conveniente, se esqueceu da regra número 1 do jornalismo: "ouvir os dois lados". Publicou a "história" revelada por sua fonte secreta sem antes ouvir o outro lado história: a versão do treinador.


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