O "caso Nenê"


"Nenê pode dar certo como um coadjuvante de elenco."


"De aposentado não tem nada. Está jogando muito. É um dos melhores do campeonato."


"Nenê? Dois anos de contrato para um jogador mimado e em fim de carreira?"

Os comentaristas de futebol adoram criticar o trabalho dos outros... jogadores, dirigentes, árbitros, todos são incompetentes... medíocres. Que tal se os comentaristas praticassem um pouco de auto-crítica de vez em quando? Vejam só que curioso este caso... vamos chamar de "caso Nenê":

Momento 1 (Jan-18)


Após uma péssima temporada (2017), o São Paulo anunciou a contratação do jogador Nenê. O comentarista escreveu um artigo criticando duramente a contratação, disse que o jogador estava velho, aposentado, que apesar do salário mais baixo o tempo de contrato (2 anos) era muito longo e que ele não servia para ser reserva do reserva do Cueva, no máximo: "um coadjuvante".


Momento 2 (Jun-18)


O São Paulo estava numa crescente no campeonato brasileiro, ganhou do Atlético Paranaense no Paraná e goleou o Vitória no Morumbi. O comentarista, em êxtase, era só elogios a Nenê: "De aposentado não tem nada. Está jogando muito. É um dos melhores do campeonato. Corre muito. Corre certo. Tem ótima colocação em campo. Dá ritmo ao time e também sabe parar com o ritmo dos rivais. Faz cera, breca o jogo. E tem bola parada.". Sério mesmo? Cadê o Nenê velho, aposentado, que não serve para reserva do Shaylon?


Momento 3 (Nov-18)


Após liderar o campeonato por várias rodadas, o São Paulo caiu demais e ocupa a quinta posição faltando apenas algumas rodadas. O comentarista voltou a criticar o Nenê!!! Disse que Raí errou na sua contratação, reclamou novamente do tempo de contrato, chamou o jogador de: "mimado em fim de carreira" e questiona: "o que fazer com ele em 2019?". Aí eu pergunto: Cadê o melhor jogador do campeonato, aquele que corre muito, tem ótima colocação, dá ritmo, faz tudo certo e ainda é ótimo na bola parada? Cadê o Pelé que o comentarista viu no meio do ano?


Já sabemos que o comentarista errou, só falta decidir em que momento ele errou mais...


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