Neste artigo o comentarista critica a fórmula de disputa do campeonato Paulista. O regulamento, segundo ele: "é feito sob medida para times entregarem" e vai mais além, chama a fórmula do torneio de: "modelo esdrúxulo de disputa pelo qual um time briga por uma vaga com quem não tem o direito de enfrentar na primeira fase". Ele está certo?
É possível que a fórmula do campeonato possa ser melhorada, mas o comentarista está errado em seu texto por dois motivos:
1. Fato dos times que disputam vagas não se enfrentarem
Ainda que a forma atual não seja a ideal, o fato de todos os times se enfrentarem não impede a ocorrência de "entregas" nas rodadas finais. Para entender isso basta imaginar que o Corinthians poderia já ter jogado com o Guarani em uma rodada anterior e, mesmo assim, a combinação de resultados poderia resultar em uma rodada final que o Corinthians ainda dependesse do jogo do São Paulo para se classificar. Já tivemos vários exemplos famosos de "entregadas" no Campeonato Brasileiro ou até mesmo em torneios de voleibol e basquete, onde o tal "modelo esdrúxulo" não foi usado.
2. Qual seria a alternativa?
O comentarista critica a fórmula de disputa mas não mostra nenhuma alternativa à mesma. Ok, não é o ideal que os times que disputam vagas não se enfrentem, mas qual seria então um bom formato de disputa para fazer o campeonato em 16 rodadas ou menos, mantendo a fase mata-mata no final? É muito fácil apenas criticar o modelo existente sem sugerir nenhuma forma melhor.
Nota: no final das contas, o São Paulo ganhou do Guarani e a "entrega" que estava "sob medida" não aconteceu.
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